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Criação de tilápias em sistema de bioflocos é o tema de novas pesquisas da Epamig

Proposta busca fortalecer a piscicultura mineira e ampliar a oferta de alimentos

Proposta busca fortalecer a piscicultura mineira

A criação de tilápias jovens em sistema de bioflocos é o tema das novas pesquisas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) voltadas à tilapicultura. O projeto foi apresentado aos participantes do Dia de Campo da Piscicultura Top Fish, realizado em 24 de julho, em Rio Piracicaba, na região Central de Minas.

Em painel ministrado pelos pesquisadores da Epamig, Alexmiliano Vogel e Franklin Costa, foi destaque a apresentação do projeto “Recria de Juvenis de Tilápia e Acará-Bandeira em Bioflocos visando Redução do Custo de Produção e Uso de Commodities”, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A proposta busca fortalecer a piscicultura mineira e ampliar a oferta de alimentos e peixes ornamentais de qualidade, com menor custo e impacto ambiental.

O sistema de bioflocos é uma tecnologia que permite a produção intensiva de organismos aquáticos, como peixes e camarões, com baixa necessidade de renovação da água.

“Apresentamos as perspectivas do novo projeto, que propõe a criação de tilápias jovens em sistemas de bioflocos, tecnologia que utiliza microrganismos presentes na água como alimento natural, reduzindo o uso de ração, o consumo de água e a poluição. Também serão estudados os tamanhos ideais para a transferência dos peixes aos tanques-rede, o que pode ocasionar mais saúde aos animais e diminuir o tempo de engorda”, destacou Franklin.

Segundo o pesquisador, o manejo em bioflocos irá aprofundar o conhecimento, com foco em densidade, alimentação e adaptação, trazendo resultados para o fortalecimento do comércio e criando oportunidades para pequenos produtores diversificarem a produção.

O projeto, registrado sob o número PPE-00022-23, é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os primeiros ensaios relacionados à densidade de estocagem e manejo alimentar já estão em andamento nas dependências da universidade, em Belo Horizonte. As etapas seguintes serão conduzidas nos Campos Experimentais da Epamig, em Felixlândia e Leopoldina, onde a infraestrutura está sendo aprimorada para facilitar o manejo diário e garantir maior segurança ao sistema produtivo.

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Segundo a Epamig, as atividades de pesquisa relativas ao projeto estão previstas até 2027. À medida que as etapas forem concluídas, os resultados serão compartilhados com produtores e técnicos interessados por meio de visitas técnicas, publicações e eventos de difusão.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde