Os preços do
Segundo análises do Cepea, a recente escalada de preços é resultado de uma combinação de fatores. A demanda por lotes de melhor qualidade tem se mostrado relativamente ativa. Este movimento ocorre em um cenário de pós-colheita e com os estoques já mais limitados, o que naturalmente pressiona os valores para cima. Além disso, a postura retraída dos vendedores, que seguram a oferta esperando preços ainda melhores, tem sustentado as altas, especialmente no caso do feijão preto.
Projeções para a próxima safra
Enquanto o mercado opera sob a pressão dos estoques atuais, a atenção dos produtores se volta para o campo e a próxima temporada. A semeadura da 1ª safra brasileira 2025/26 está em andamento. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 20 de setembro, 8,3% da área estimada já havia sido plantada.
As projeções da Conab para o novo ciclo indicam uma produção total com leve alta, mas variações notáveis entre as safras:
- 1ª Safra: é esperada uma produção de 998,6 mil toneladas, o que representa uma queda de 6% em relação à temporada anterior. Este é o único segmento com projeção de baixa.
- 2ª Safra: a estimativa é de 1,4 milhão de toneladas, um aumento de 3,6%.
- 3ª Safra: a Conab projeta 702,7 mil toneladas, um crescimento de 6%.
Somando as três colheitas, a produção total de feijão no Brasil pode atingir 3,1 milhões de toneladas, registrando uma ligeira alta de 0,8% frente à temporada 2024/25. A expectativa é que o desempenho positivo das safras posteriores compense a retração inicial e alivie a pressão sobre os preços a longo prazo.