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China zera importações de soja dos Estados Unidos e amplia compras do Brasil

Chineses pararam de comprar soja dos Estados Unidos pela primeira vez em sete anos, desde novembro de 2018

Foram embarcadas 10,96 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira em setembro

A China zerou as importações de soja dos Estados Unidos em setembro e aumentou as compras da América do Sul, em especial do Brasil, que aumentou em quase 30% a venda da oleaginosa para Pequim. Essa foi a primeira vez em sete anos, desde novembro de 2018, que os chineses não compraram soja americana.

Os dados foram divulgados pela Administração Geral de Alfândega da China nesta segunda-feira (20). Os embarques para os chineses caíram principalmente pelas altas taxas de importação que o governo de Xi Jinping impôs sobre os Estados Unidos, em meio a guerra comercial com Washington.

No mesmo período de 2024, as importações de soja dos EUA somaram 1,7 milhão de toneladas. Nesta segunda, o presidente Donald Trump disse que pode reduzir as tarifas sobre os produtos chineses caso voltem a comprar a soja americana, e afirmou que pretende visitar Pequim no início do próximo ano.

“Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito. Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso. Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos”, disse Trump à jornalistas na Casa Branca.

Ao mesmo tempo em que as importações dos EUA foram zeradas, a China ampliou a compra de soja brasileira em 29,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram embarcadas 10,96 milhões de toneladas da oleaginosa brasileira em setembro, segundo a Administração Geral da Alfândega. No acumulado do ano, são 63,7 milhões de toneladas importadas, um avanço de 2,4%

Da vizinha Argentina, os chineses compraram 1,17 milhão de toneladas em setembro, um valor que representa 9% do total do mês de importações. Em relação ao ano passado, a compra de soja argentina subiu em 91,5%.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.