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Castanha-do-pará pode virar castanha-da-Amazônia: entenda projeto de lei aprovado

Mudança aprovada na Assembleia Legislativa do Amazonas visa valorizar a identidade amazônica do produto

Com a aprovação na Aleam, a lei segue agora para sanção do governador do estado

A castanha-do-pará pode ganhar um novo nome. A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) aprovou na última quinta-feira (3) o Projeto de Lei nº 913/2024 que altera oficialmente a denominação para castanha-da-Amazônia no Estado. A mudança visa valorizar a identidade amazônica do produto e fortalecer sua cadeia produtiva.

Com a aprovação na Aleam, a lei segue agora para sanção do governador do estado. Se sancionada, entrará em vigor imediatamente, exigindo adaptações do setor produtivo e comercial do estado.

A castanha, fruto da bertholletia excelsa, é um dos produtos mais emblemáticos da biodiversidade amazônica. Atualmente, é conhecida por diferentes nomes, como castanha-do-Pará e castanha-do-Brasil, refletindo disputas históricas e regionais sobre sua nomenclatura.

O deputado Sinésio Campos, autor do projeto, argumenta que a nova denominação reforça a identidade amazônica da castanha e sua relevância para o estado, que tem se tornado um dos maiores produtores do país.

“A produção da castanha não se restringe ao Pará, como o nome sugere. Ela é amplamente cultivada em vários estados amazônicos, incluindo o Amazonas, que tem aumentado sua participação na produção nacional. Essa mudança reconhece a Amazônia como um todo e fortalece a marca do produto no mercado nacional e internacional”, destacou Sinésio Campos.

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O que muda com a nova lei?

O texto aprovado estabelece que todos os produtos derivados da castanha, quando produzidos no Amazonas, deverão utilizar a denominação “castanha-da-Amazônia”. A lei também prevê incentivos à rastreabilidade do produto, à certificação de origem e ao uso da nova nomenclatura em exportações e campanhas publicitárias.

Além disso, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) ficará responsável pela fiscalização e concessão de selos de qualidade para garantir a autenticidade da produção amazônica.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde