A Prefeitura de Belo Horizonte segue investindo e realizando importantes obras para prevenir tragédias causadas pelas fortes chuvas na capital. Uma delas é a Bacia B5, construída para evitar enchentes na Avenida Teresa Cristina. A estrutura é usada para receber o excesso de água que desce pelo Córrego Ferrugem, evitando que o volume invada casas, comércio e ameace a vida dos moradores da região. Nos primeiros 10 dias de outubro, a Região Oeste, onde está a B5, recebeu 84,2mm de chuva, o que corresponde a 76,5% do que é previsto para todo o mês. Neste período, a estrutura já foi utilizada pelo menos duas vezes durante precipitações mais intensas, demonstrando a eficiência da obra que está sendo feita pela Prefeitura. Estão sendo investidos R$66 milhões neste empreendimento, por meio de convênio firmado entre o município e o governo estadual.
Quando estiver concluída, a Bacia B5 terá capacidade para receber 270 milhões de litros d'água em uma área de 41.776 m², com a função de escoar gradativamente a água da chuva. A estrutura vai se juntar às obras no Córrego Ferrugem a serem realizadas pela prefeitura de Contagem, para evitar o recorrente problema de alagamento na Teresa Cristina. A obra está sendo realizada na Vila Sport 2, entre a Avenida Amazonas e a linha férrea.
Na sexta-feira (6), uma das vezes em que a B5 foi acionada neste mês, a estrutura recebeu o transbordo dos cerca de 54 mm de chuva que caiu na Região Oeste em cerca de 5 horas, segundo dados da Defesa Civil. Antes disso, no dia 3, a estrutura também já tinha sido acionada.
A expectativa é que até o fim deste ano a B5 esteja retendo 250 milhões de litros de água, operando quase com a capacidade total. O volume é considerável e vai
melhorar muito a condição de quem vive, transita ou trabalha na região da Teresa Cristina. Após a finalização da construção da bacia, serão feitas obras complementares com a urbanização, paisagismo e pista de caminhada. A conclusão dos trabalhos está prevista para o segundo semestre de 2024.
Mais prevenção
Pelo menos nove grandes obras estão sendo feitas atualmente pela PBH para prevenção de enchentes na capital. Estão sendo investidos R$ 582,7 milhões em intervenções em pontos críticos. Na avenida Cristiano Machado, serão feitas intervenções no Ribeirão do Onça, com a construção de um canal de 286 metros paralelo ao curso d’água no cruzamento com a Avenida Risoleta Neves. Está sendo construída ainda uma estrutura no encontro do Ribeirão Pampulha com o Córrego Cachoeirinha, na Praça das Águas, próximo à Estação São Gabriel, para receber e amortecer as águas que vêm dos ribeirões Pampulha e Onça e do Córrego Cachoeirinha, além da segunda etapa de um canal paralelo ao canal do Ribeirão Pampulha.
Na Região do Barreiro, a Prefeitura está realizando a obra de tratamento de fundo de vale dos córregos Olaria e Jatobá. Está construindo, também, uma bacia de detenção de cheias que vai reter 70 milhões de litros de água, já neste período chuvoso, para conter inundações nos dias de chuva intensa. Tem ainda a terceira etapa da implantação do sistema de esgoto e do tratamento de fundo de vale na bacia do Córrego Túnel Camarões. Paralelamente, faz a urbanização entre a Rua Antônio Eustáquio Piazza e a Avenida Tereza Cristina.
Há ainda os investimentos dos grandes reservatórios do Córrego Vilarinho, em Venda Nova. A Prefeitura está construindo os reservatórios Vilarinho 2 e Nado 1 para reduzir as inundações recorrentes na avenida Vilarinho e na Rua Dr. Álvaro Camargos. Cada reservatório pode armazenar mais de 115 milhões de litros de água. Também estão sendo finalizadas as obras de instalação de novo esgotamento sanitário, no Córrego Marimbondo, no Santa Mônica.
A Prefeitura de BH iniciou também as obras para melhorar o sistema de macrodrenagem do Córrego Santa Inês. Serão mais de 800 metros de canalização a partir da Rua Conceição do Pará até o Ribeirão Arrudas.
Se somam a essas intervenções a nova bacia de detenção B5 e as obras complementares no Córrego Ferrugem.
Prevenção de risco geológico
Lançado pela PBH em 2022, o Programa de Gestão de Risco Geológico-geotécnico já contabiliza 208 obras finalizadas e 54 em andamento. O objetivo é tornar as áreas de risco geológico e de inundação locais mais seguros para a população. As obras abrangem contenções de encosta, muros de arrimo, implantação de redes de esgoto, drenagem, além de construção de acesso seguro para os moradores. O investimento nesse pacote de intervenções é de mais de R$118 milhões, beneficiando mais de 245 mil pessoas.
Crédito imagens: Divulgação/PBH