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Hábitos recomendados pela neurociência para manter a atenção e a concentração

Dormir bem, controlar o uso do celular e manter o cérebro ativo são estratégias que ajudam a preservar as funções cognitivas e evitar o declínio mental

As distrações fazem parte da rotina moderna. Notificações do WhatsApp, redes sociais e e-mails disputam nossa atenção. Esse excesso de estímulos dificulta o foco, compromete a memória e torna a concentração um verdadeiro desafio diário.

A neurociência explica que a atenção é a capacidade de focar a mente em um estímulo específico, enquanto a concentração consiste em manter esse foco por um período prolongado. Segundo especialistas, ouvidos pelo site Infobae, com o envelhecimento é normal que essas funções se tornem mais lentas, mas é possível preservá-las com hábitos saudáveis e estímulos adequados.

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O neurologista Ricardo Allegri, chefe do setor de Neurologia Cognitiva do Fleni, afirma que “a atenção seletiva tende a diminuir com a idade, mas a informação ainda é armazenada, apenas demora mais para ser recuperada”. Já o médico Guido Dorman, do Instituto de Neurologia Cognitiva da Argentina, alerta que “uma leve distração é parte do envelhecimento normal, mas quando interfere nas atividades diárias, pode indicar um problema cognitivo que precisa ser avaliado”.

Segundo os especialistas, o estilo de vida moderno também afeta os mais jovens. A exposição constante a telas e o hábito de fazer várias coisas ao mesmo tempo (o chamado ‘multitasking’) dão uma falsa sensação de eficiência, mas reduzem a profundidade do pensamento e aumentam o cansaço mental.

Para manter o cérebro saudável e a atenção afiada, os neurocientistas recomendam dez práticas simples: dormir de 7 a 8 horas por noite, reduzir distrações, praticar meditação, fazer exercícios físicos regulares, controlar o uso do celular, organizar tarefas em blocos curtos, fazer pausas ativas, manter o ambiente limpo e silencioso, ler por pelo menos 20 minutos seguidos e estimular o cérebro com jogos como sudoku e xadrez.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.