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Dormir mal pode envelhecer o cérebro em até um ano, revela estudo sueco

Pesquisa analisou mais de 27 mil adultos e concluiu que a falta de sono de qualidade acelera o envelhecimento cerebral

Distúrbios do sono afetam milhões de pessoas

A qualidade do sono pode ser determinante para manter o cérebro jovem, independentemente da idade cronológica. Um estudo conduzido pelo Instituto Karolinska, na Suécia, mostrou que dormir mal pode envelhecer o cérebro em até um ano, mesmo entre pessoas jovens e saudáveis.

Os cientistas analisaram exames de ressonância magnética de mais de 27,5 mil adultos e utilizaram inteligência artificial para comparar a estrutura cerebral de cada participante com o padrão esperado para sua idade real. O resultado foi claro: quem dormia mal apresentava cérebros até um ano mais velhos do que o esperado, segundo explicou a pesquisadora Abigail Dove, líder do estudo.

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O levantamento também avaliou diversos fatores relacionados ao sono, como duração das noites, insônia, roncos, sonolência diurna e o hábito de ser mais ‘diurno’ ou ‘noturno’. A equipe criou uma escala para medir a qualidade do sono e descobriu que, a cada ponto abaixo do ideal, o cérebro envelhecia cerca de seis meses além do esperado.

Entre as causas desse envelhecimento precoce, os especialistas destacaram a inflamação sistêmica, responsável por cerca de 10% da relação entre o sono ruim e a deterioração cerebral. Além disso, dormir mal prejudica o sistema de limpeza do cérebro e a saúde cardiovascular, aumentando o risco de doenças neurodegenerativas como a demência.

Conforme o estudo, dormir entre sete e oito horas por noite é o ideal para proteger o cérebro. Tanto o excesso quanto a falta de sono, assim como o ronco ou a insônia, podem ter efeitos negativos. A pesquisa também alerta que homens e pessoas com menos de 60 anos são os mais afetados.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.