Em um movimento que desafia estereótipos e reacende o futuro da agropecuária, jovens mineiros entre 15 e 29 anos têm trocado o conforto da cidade pela lida no campo, apostando na inovação e na sustentabilidade no setor. Estratégias desenvolvidas, pelo Sistema Faemg Senar, entre elas a criação da Maratona Faemg Jovem, para atrair essa faixa etária de volta e promover a sucessão familiar no campo têm mostrado bons resultados.
Histórias como a de Thaís Milani, jornalista e criadora de conteúdo digital, que encontrou seu propósito na cafeicultura e na comunicação do
“O agro para mim sempre foi aquele lado ali de diversão, de lazer”, revela Thaís, que cresceu na cidade, mas mantinha forte ligação afetiva com a fazenda da família. A pandemia e o contato com o
A jornada de Thaís reflete a de muitos jovens que, impulsionados pela busca de significado e pela vontade de fazer a diferença, redescobrem o potencial do agronegócio. “Há um brilho no olho que me move”, conta Thais, ao descrever a sensação de trabalhar na lavoura e contribuir para a gestão da propriedade familiar.
Em vários setores do agro
A transformação não se limita à cafeicultura. Programas como a Maratona Faemg Jovem, do Sistema Faemg Senar, têm atraído jovens de diversas áreas, que se unem para desenvolver projetos inovadores e fortalecer o agro em suas regiões. "É uma metodologia muito legal, que coloca as coisas na mão dos jovens. Eles precisam ir a campo, resolver, fazer acontecer”, explica Thaís.
Silvana Novais, gerente de Mulher, Jovem e Inovação do Sistema Faemg Senar, destaca o crescimento exponencial do interesse dos jovens pelo agro. “Em 2023, tivemos 47 equipes inscritas na maratona e em 2024, 62 equipes. Estamos lançando, após o Carnaval, a edição de 2025.
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Para Silvana, os números refletem o engajamento dos sindicatos rurais, que têm abraçado a causa e aberto espaço para a participação da juventude.
“O jovem gosta de coisa positiva, de saber que tem soluções, ele quer achar soluções para resolver. Essa mentalidade, aliada ao conhecimento técnico e à paixão pela terra, tem impulsionado a inovação e a sustentabilidade no campo, desmistificando a imagem de um setor ultrapassado e abrindo caminho para um futuro promissor”, afirma Silvana.
Comunicação contra desinformação
A comunicação também se revela uma ferramenta poderosa na transformação do agro. Casais como Thaís Milani e Igor Fernandes, do perfil O Casal do Café, utilizam as redes sociais para desconstruir estereótipos e mostrar a realidade do campo para o público urbano. “As pessoas não têm noção de como funciona as coisas dentro da porteira”, explica Thaís. Nosso papel é comunicar o agro que é sustentável, que produz, que gera renda e emprego”, completa.
Silvana complementa, ressaltando a importância de combater a desinformação e divulgar os dados positivos do setor. “Precisamos começar a dar informações corretas”, defende, “mostrar que o agro preserva, que produz com responsabilidade, que alimenta o mundo”.