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Saiba quais são os países mais caros para viver e o que explica o líder do ranking

Plataforma revela os países com o maior custo de vida em 2025. Isolamento geográfico, turismo de luxo e moedas fortes estão entre os principais fatores

Suíça está no ranking de países mais caros do mundo

Escolher um país para viver vai além de clima e oportunidades: o custo de vida é decisivo. Com a inflação global e mudanças econômicas recentes, conhecer os destinos mais caros do mundo tornou-se essencial para quem deseja morar fora. Segundo os dados mais recentes da Numbeo, plataforma colaborativa de informações sobre custo e qualidade de vida, fatores como habitação, alimentação, transporte e serviços moldam os lugares onde o dinheiro rende menos.

Surpreendentemente, os países mais caros nem sempre são os mais desenvolvidos. Isolamento geográfico, dependência de importações e mercados imobiliários restritos podem tornar nações pequenas extremamente onerosas para se viver.

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Por que alguns países são tão caros?

Diversos fatores explicam o alto custo de vida. O mercado imobiliário é um dos principais - cidades como Hong Kong e Singapura, com espaço urbano limitado, têm preços de moradia altíssimos. A carga tributária também influencia, como nos países escandinavos, onde impostos altos financiam serviços públicos robustos. Além disso, contribuem para encarecer o custo de vida:

  • Isolamento geográfico (ex.: Islândia)
  • Moedas valorizadas (ex.: Suíça)
  • Economias voltadas ao turismo de luxo (ex.: Bahamas)
  • Infraestrutura limitada (ex.: Papua Nova Guiné)

Apesar dos altos custos, muitos desses países oferecem excelente qualidade de vida, com bons índices de segurança, saúde e educação.

O top 5 do ranking mundial

A Suíça lidera como o país mais caro para se viver. Com salários altos e uma moeda forte, cidades como Zurique e Genebra figuram entre as mais caras do mundo. Em troca, oferecem serviços públicos de excelência.

Em segundo lugar, a Islândia sofre com preços elevados devido ao isolamento e à necessidade de importar quase tudo. Já as Bahamas, em terceiro, têm uma economia focada no turismo de luxo, o que pressiona os preços para cima até em itens básicos.

Singapura, na quarta posição, tem um mercado imobiliário ultracompetitivo em um território extremamente limitado. Em quinto, Hong Kong mantém sua fama de cidade cara, com moradias minúsculas por preços exorbitantes, alta densidade populacional e status de centro financeiro global.

Outros destinos caros: do 6º ao 10º lugar

Barbados: turismo de luxo e importações elevam os preços.
Noruega: alta carga tributária e sistema de bem-estar social.
Papua Nova Guiné: logística difícil e infraestrutura precária.
Dinamarca: modelo escandinavo com altos impostos e benefícios sociais.
Guernsey: ilha britânica com imóveis e serviços inflacionados.

O que esses países têm em comum? Entre os dez primeiros colocados, destacam-se características como:

Limitações geográficas (ilhas, territórios pequenos ou remotos)
Economias baseadas em turismo de luxo ou finanças
Alta dependência de importações e infraestrutura logística complexa

Curiosamente, sete desses países são ilhas, o que implica mercados menores, concorrência limitada e custos mais altos para transporte e distribuição.

Apesar dos preços elevados, a maioria desses destinos oferece excelente qualidade de vida, com infraestrutura, segurança e bem-estar que justificam os custos - ao menos para quem tem renda compatível.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.