O custo de vida em Belo Horizonte aumentou 7,5% em 2024, superando em 0,8 ponto percentual o índice de 2023, conforme revelado pela Fundação IPEAD da UFMG. O café destacou-se como o item que mais contribuiu para essa elevação, registrando um aumento expressivo de 61,63% ao longo do ano.
Além do café, outros alimentos também apresentaram altas significativas. O leite teve um aumento de 15,08%, enquanto os lanches consumidos fora de casa ficaram 14,15% mais caros.
Fora do grupo de alimentos, a gasolina foi o item individual que mais pesou na inflação de Belo Horizonte. “O preço médio do combustível na cidade chegou a superar o de outras capitais do Sudeste em alguns momentos de 2024, gerando forte pressão não apenas para os consumidores diretos, mas para toda a economia, dado seu papel como insumo essencial”, disse o economista Diogo Santos, da Fundação IPEAD.
O aluguel residencial também registrou uma alta expressiva, com um aumento de 18,63% em 2024. Esse incremento nos custos habitacionais contribuiu significativamente para a elevação geral do custo de vida na capital mineira.
Perspectivas para 2025
Olhando para o futuro, o economista Diogo Santos aponta que a desvalorização do câmbio pode continuar pressionando os preços em 2025, especialmente de produtos importados e insumos utilizados na produção nacional. “Isso significa que tudo que importamos ficou mais caro”, acrescentou.
Por outro lado, a expectativa de um regime de chuvas regular pode trazer alívio, potencialmente reduzindo os custos de energia elétrica e beneficiando a produção de alimentos. “Se confirmar a regularidade do período de chuva, podemos ter um alívio na conta de energia elétrica e na redução de custo de toda economia”, acrescentou.