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Novo medicamento oferece esperança para pacientes com hipertensão arterial pulmonar

O medicamento sotatercept demonstrou resultados promissores para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma doença rara e progressiva

Medicamento sotatercept pode reduzir em até 76% o risco de morte

O medicamento sotatercept demonstrou resultados promissores para o tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma doença rara e progressiva. Em um ensaio clínico, o fármaco reduziu significativamente o risco de morte e hospitalização em pacientes em estágio avançado. Aprovado pela Anvisa, o tratamento representa uma nova esperança.

Uma nova esperança surge para pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma doença rara e progressiva que eleva a pressão nas artérias dos pulmões. Um ensaio clínico, publicado no The New England Journal of Medicine, revelou que o medicamento sotatercept pode reduzir em até 76% o risco de morte ou hospitalização em pacientes com quadros avançados.

Os resultados foram tão positivos que o estudo foi interrompido antes do previsto para que todos os participantes tivessem acesso ao tratamento.

Como o Medicamento Funciona

Administrado por injeção subcutânea a cada três semanas, o sotatercept age diretamente nas artérias pulmonares, melhorando a circulação sanguínea e aliviando a sobrecarga no coração. “Para fazer efeito em cima dos outros [medicamentos], ele precisa ter um impacto muito grande — e foi o que vimos com o sotatercept”, afirma Rogério Souza, professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e coautor do estudo.

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Desafios da Doença

A HAP é uma condição grave, com sintomas como falta de ar e cansaço, que dificultam o diagnóstico precoce. Segundo o professor Souza, a doença é frequentemente confundida com outras condições respiratórias e cardíacas, atrasando o início do tratamento adequado.

Aprovação no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já aprovou o registro do sotatercept no Brasil. O próximo passo é a definição de preços para que o medicamento possa ser comercializado e, futuramente, avaliado para incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS).

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.