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Ceratose actínica: especialista alerta para riscos e evolução para câncer de pele

Lesões na pele causadas pelo sol exigem acompanhamento médico para prevenir complicações

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A Ceratose actínica, também chamada de queratose solar, é uma das lesões pré-cancerígenas mais comuns da pele. Ela surge devido à exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, acumulada ao longo dos anos. Essas lesões podem evoluir para carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele.

As lesões aparecem principalmente em áreas frequentemente expostas ao sol, como rosto, couro cabeludo (especialmente em pessoas calvas), orelhas, pescoço, antebraços e dorso das mãos.

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De acordo com o dermatologista Jackson Machado Pinto, especialista e mestre em Dermatologia, essas lesões resultam do dano acumulado da radiação solar e são mais comuns em pessoas idosas e de pele clara. “ Como são lesões pré-cancerosas, o diagnóstico e consequente tratamento precoce evitam a progressão para um câncer potencialmente letal’’, afirma.

Machado explica também que o tratamento varia conforme o número e a extensão das lesões e pode incluir pomadas ou procedimentos em consultório, como criocirurgia, eletrocirurgia ou terapia fotodinâmica.

Fatores de risco:

  • Pele clara, cabelos loiros ou ruivos e olhos claros;
  • Queimaduras solares frequentes na infância e adolescência;
  • Idade avançada;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Exposição prolongada ao sol por trabalho ou lazer.

Características da Ceratose actínica:

  • Textura: mancha ou placa áspera, seca e escamosa;
  • Cor: rosa, vermelha, marrom ou da cor da pele;
  • Tamanho: alguns milímetros a 2 cm;
  • Formato: plana ou ligeiramente elevada.

A importância médica da ceratose actínica está no risco de evoluir para câncer de pele, especialmente quando há múltiplas lesões. Nem toda lesão se torna maligna, mas o acompanhamento dermatológico é essencial. O diagnóstico é feito por dermatologista, com exame clínico e, em alguns casos, dermatoscópio ou biópsia para confirmar suspeitas de malignidade.

*Sob supervisão de Lucas Borges

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas