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É possível tratar câncer de mama durante a gravidez? Entenda situação da esposa de Léo, ex-Cruzeiro

Esposa do ex-zagueiro e ídolo do Cruzeiro anunciou que foi diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado

Camila Campos, esposa de Léo, ex-Cruzeiro, está com câncer

Camila Campos, esposa do ex-zagueiro Léo, ídolo do Cruzeiro, anunciou que foi diagnosticada com um câncer de mama em estágio avançado. No momento, a psicóloga e cantora gospel está grávida de sete meses de Sophia e foi internada para realizar o tratamento.

Casos como o de Camila são delicados, mas são possíveis de serem tratados. Segundo a oncologista Letícia Neuenschwander, especialista em tratamento de câncer de mama do Instituto de Oncologia Ciências Médicas de Minas Gerais, a gestação não impede que o tratamento seja realizado, mas devem ser levados em consideração alguns cuidados específicos.

“Na grande maioria das vezes, as pacientes não saem prejudicadas quando esse tratamento é feito durante a gestação, mas a escolha do medicamento tem que ser individualizada e no momento certo. Por exemplo, no primeiro trimestre da gestação, quando o bebê começa a ser formado, a gente não pode oferecer nenhum tipo de tratamento de quimioterapia, porque pode fazer mal para a formação do bebê", explicou a médica.

A partir do segundo trimestre da gestação, já é autorizado usar tratamentos de quimioterapia habituais para o câncer de mama sem prejuízos para o bebê e para a mãe. No entanto, cada caso deve ser avaliado levando em conta cada paciente.

Quando está na reta final da gestação, segundo a especialista, é mais fácil a tomada de decisões em relação ao tratamento. “Muitas drogas são seguras e não afetam em nada a saúde do bebê, então a gente pode fazer mesmo durante a gestação, durante essa fase de formação dos órgãos, dos tecidos do bebê", disse.

Em relação à amamentação, a médica explicou que é necessário fazer uma escolha que seja melhor tanto para o bebê, quanto para a mãe.

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Sinais

Como durante a gravidez o corpo muda muito, fica mais difícil perceber os sinais de que algo está errado. A oncologista recomenda que a mãe fique atenta a qualquer sinal, seja um nódulo, um tecido mais escurecido na mama, secreções diferentes saindo dela e até sangue são alguns dos sinais de que algo está errado.

“O mais importante é que existe tratamento [para câncer de mama em mulheres grávidas]. A gente não pode negligenciar a suspeita de alguma coisa e ‘deixar para depois’. Não façam isso. Procurem um especialista para poder fazer uma avaliação. [...] Um bebê dentro de um corpo de uma mãe com diagnóstico de câncer de mama não vai pegar a doença, não vai ter risco da doença da mãe passar para o bebê durante a gestação. A gestação tende a ser saudável, ter a evolução normal”, finalizou a médica.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.