Desde o fim de abril,
Essa doença é
“A substância se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo de sódio e cloreto do organismo, o que faz com que o corpo libere grandes quantidades de água em forma de diarreia e vômito”, explica o profissional.
Sintomas da doença
Conforme Galvão, a maioria das pessoas
- Diarreia (que pode ser leve ou grave, com perda importante de água);
- Náuseas e vômitos;
- Febre baixa;
- Cólicas abdominais;
- Desidratação;
- Queda de pressão arterial;
- Pele seca
Como prevenir a cólera
A falta de água tratada e problemas no sistema de esgoto de milhares de residências no Rio Grande do Sul é um grande complicador para a prevenção da cólera. Isso, porque a higiene pessoal, o tratamento de esgoto e a higiene de alimentos é crucial para evitar a contaminação. Além disso, muitos municípios ainda não retomaram os serviços de limpeza urbana, como a coleta e a destinação do lixo, ou conseguiram fazer a drenagem e o manejo da água das chuvas. Todos esses pontos são importantes para impedir a proliferação da bactéria da cólera.
Por isso, é importante que pessoas em áreas de risco, sempre que puderem, evitem ter contato com a água das enchentes. Caso não seja possível evitá-las, as pessoas devem tentar utilizar equipamentos de segurança como botas e roupas emborrachadas, e evitar deixar que a água entre em contato com a boca. Outro ponto crucial é que as pessoas tentem fazer refeições cozidas e evitem comer peixes e mariscos crus ou mal cozidos.
Possíveis Complicações
O Ministério da Saúde alerta para as possíveis complicações devido à persistência dos quadros de diarreia e vômitos - o que leva a desidratação. Veja abaixo:
- choque hipovolêmico (diminuição da quantidade de sangue circulante no corpo);
- necrose renal;
- fraqueza intestinal;
- queda de potássio no sangue, levando a arritmias cardíacas;
- hipoglicemia, com convulsões e coma em crianças;
- Em gestantes, o choque hipovolêmico pode induzir a ocorrência de aborto e parto prematuro.
Tratamento
O tratamento da cólera é fundamentalmente feito com a reposição de água e sais minerais. Nos casos mais graves, o médico afirma que o paciente deve receber a hidratação por via endovenosa e é indicado o uso de antibióticos.
“A gente tem antibióticos disponíveis para combater a bactéria que vão reduzir o tempo da infecção. Então, esse tratamento é feito geralmente em regime hospitalar através do uso de antibióticos e de hidratação endovenosa”, esclarece Galvão.