A princesa de Gales, Kate Middleton, 42, anunciou na última sexta-feira (22), através de um vídeo oficial, que está com câncer. Durante o comunicado, a princesa explicou ainda que já está realizando sessões de “quimioterapia preventiva” para tratar a doença descoberta após uma cirurgia realizada no início deste ano.
A ausência de Catherine, uma das mulheres mais fotografadas do mundo,
“Em janeiro, eu passei por uma grande cirurgia abdominal e na ocasião pensou-se que minha condição não era de câncer. A cirurgia foi bem-sucedida, no entanto, exames após a operação mostraram que havia câncer. Minha equipe médica aconselhou que eu me submetesse a uma quimioterapia preventiva, e agora estou nos estágios iniciais desse tratamento”,
O que é quimioterapia?
Kate relatou que está sendo submetida a um tratamento de
De acordo com a oncologista e Diretora Médica Técnica da Oncoclínicas, Mariana Laloni, dentre as diversas finalidades de indicação da quimioterapia, o especialista irá avaliar o tipo do tumor, tamanho, localização, se existem ou não metástases, idade do paciente, estado geral de saúde, medicamentos em uso e histórico. Após obter todas as respostas, o tratamento adequado será indicado ao paciente, podendo ou não ser adotadas estratégias combinadas a outras alternativas terapêuticas.
Quais são os tipos de quimioterapia?
- Quimioterapia curativa: na tentativa de curar o câncer completamente;
- Quimioterapia neoadjuvante: feita antes ou associada a outros tratamentos, para deixá-los ainda mais eficazes. Aqui, o objetivo da quimioterapia é “encolher” o tumor para potencializar o efeito da radioterapia ou da cirurgia;
- Quimioterapia adjuvante: feita após a cirurgia ou a radioterapia, como forma de evitar a recidiva (retorno) do câncer; e
- Quimioterapia paliativa: Se a cura não for possível, a quimioterapia pode ser realizada para o alívio dos sintomas do câncer.
Falta de informação e tabus podem prejudicar diagnóstico e tratamento do câncer
Para Mariana Laloni, mesmo com os avanços e casos de cura, ainda existe um grande desafio em desmistificar o diagnóstico de câncer e tratamentos para a doença. “Temos a obrigação de informar corretamente e preservar a individualidade dos pacientes, sejam pessoas públicas ou indivíduos comuns. Médicos, profissionais de saúde, jornalistas e pacientes devem entender que informar com precisão é uma prestação de serviço e significa cuidado”, comenta.
A oncologista acrescenta ainda que casos como esse, podem gerar ainda mais desinformação e tabus quando não abordados da maneira correta. “Isso expõe pessoas públicas e demais pacientes, que acabam passando por um sofrimento desnecessário. E em nada contribui para a informação adequada e correta que pode salvar vidas”, enfatiza.
A médica destaca que os avanços científicos no combate ao câncer garantem atualmente um vasto leque de possibilidades para os pacientes oncológicos. Tais possibilidades serão definidas a partir de avaliações do perfil da doença de cada indivíduo, de forma cada vez mais personalizada, como deve estar ocorrendo com
“Precisamos lembrar que existe um arsenal de estratégias médicas possíveis, a maioria delas muito avançadas e com altas taxas de cura. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapias alvo são alguns dos pilares de tratamento que mudaram o panorama de uma doença que, no passado, já foi tão temida”, comenta.