Se existe um ritual que define o fim de semana moderno, esse ritual é o Brunch. A refeição, cujo nome nasce da fusão em inglês de Breakfast (café da manhã) e Lunch (almoço), deixou de ser uma exclusividade de hotéis de luxo ou cenas de filmes nova-iorquinos para conquistar a rotina dos brasileiros.
O sucesso do brunch não é por acaso. Ele se encaixa perfeitamente no novo ritmo de vida urbano. Ninguém quer acordar cedo no domingo para tomar café, mas também ninguém quer a formalidade e o peso de um almoço completo ao meio-dia. O brunch é a resposta elegante para esse intervalo. É um evento social que celebra a preguiça, a boa comida e, principalmente, a falta de pressa. E a melhor parte é que organizar um em casa é muito mais simples do que parece.
O guia do brunch em casa: como organizar o evento do momento
O conceito de Brunch nem café, nem almoço
A primeira regra para entender o brunch é o horário. Ele não acontece às 8h da manhã e nem às 13h da tarde. O horário nobre do brunch vai das 11h às 15h. É uma janela de tempo estendida que permite que os convidados cheguem com calma.
Diferente de um jantar, onde todos precisam sentar à mesa ao mesmo tempo para o serviço, o brunch é fluido. A comida fica exposta e as pessoas se servem conforme a fome aparece. Isso tira a pressão do anfitrião de ter que cronometrar o cozimento dos pratos. A atmosfera deve ser relaxada, luminosa e convidativa.
A vantagem de receber de dia
Para quem gosta de receber, o brunch é a estratégia mais inteligente. Jantares exigem uma produção maior, iluminação controlada e pratos quentes complexos. Receber de dia é mais leve. A luz natural deixa a casa mais bonita e as fotos mais atraentes.
Além disso, o cardápio de brunch é, em sua maioria, servido em temperatura ambiente ou morna. Pães, frios, saladas e bolos podem ser preparados com antecedência, permitindo que você aproveite a festa com seus amigos em vez de ficar preso na cozinha.
O cardápio perfeito a regra do meio a meio
O segredo de um bom brunch está no equilíbrio entre o doce e o salgado. Como ele substitui duas
A fórmula ideal divide a mesa em dois territórios. Do lado do café da manhã, temos as frutas laminadas, iogurtes com granola, pães de fermentação natural, geleias, croissants e bolos. Do lado do
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Bebidas do café ao espumante
O que diferencia um brunch de um simples café da manhã reforçado é a presença do álcool, mas de forma leve e festiva.
Claro que o café fresco e os sucos naturais são a base, mas a estrela da festa geralmente é a Mimosa. Esse drink clássico e simples, feito com metade espumante e metade suco de laranja, é a assinatura oficial do brunch. Outras opções como Bloody Mary ou um vinho rosé gelado também funcionam muito bem. A bebida alcoólica aqui entra como um brinde à celebração, mantendo o clima animado e sofisticado.
A mesa posta beleza na bagunça organizada
Esqueça a mesa posta rígida com lugares marcados e talheres alinhados milimetricamente. A estética do brunch pede o estilo de uma mesa de “beliscar”.
A montagem deve ser farta, com pratos de alturas diferentes criando movimento. Use tábuas de madeira, cestas de vime para os pães e muitas flores frescas para decorar. Os pratos, talheres e guardanapos ficam empilhados em um canto acessível para que cada um pegue o seu. Essa “bagunça organizada” é acolhedora e convida as pessoas a ficarem horas ao redor da mesa, conversando e comendo sem hora para acabar. Afinal, essa é a verdadeira essência do fim de semana.