Você já teve a sensação de chegar ao fim do dia exausto, mas com a impressão de que não resolveu nada importante? Ou então, olha para a sua lista de pendências e sente um desânimo imediato, não pelas grandes tarefas, mas pelo acúmulo de pequenas coisas? Responder um e-mail, marcar uma consulta, enviar um arquivo, pagar uma conta.
A procrastinação nem sempre é sobre preguiça. Muitas vezes, é sobre sobrecarga mental. O cérebro trava diante do volume de decisões que precisa tomar. Para quebrar essa inércia, existe uma técnica que é a favorita de executivos e especialistas em produtividade: a Regra dos 2 Minutos. Ela é simples, quase óbvia, mas tem o poder de revolucionar a forma como você encara sua rotina.
A regra dos 2 minutos: a técnica simples para vencer a procrastinação
O conceito: se é rápido, não anote, faça
A premissa da regra, popularizada por David Allen em seu método GTD (Getting Things Done, no inglês, “A Arte de Fazer Acontecer”, nome do livro do autor), é direta: se uma tarefa leva menos de dois minutos para ser concluída, faça-a imediatamente.
Não a deixe para depois. Não a anote na sua lista de tarefas. Não tente agendá-la. Simplesmente execute. A lógica por trás disso é a eficiência. O tempo e a energia mental que você gasta para ler um e-mail, pensar sobre ele, colocá-lo em uma lista de “fazer depois”, lembrar-se de olhar a lista e reler o e-mail mais tarde é maior do que o tempo de simplesmente responder na hora.
A carga mental: por que pequenas tarefas pesam tanto
O grande segredo dessa regra não é apenas a gestão do tempo, mas a gestão da mente. Cada tarefa pendente, por menor que seja, ocupa um espaço na sua “memória RAM” mental. É o chamado Efeito Zeigarnik: a tendência do nosso cérebro de ficar lembrando obsessivamente de tarefas incompletas.
Quando você acumula dez pequenas pendências de dois minutos, você não tem apenas 20 minutos de trabalho acumulado. Você tem dez “abas abertas” no seu cérebro consumindo energia e gerando
Criando o momento de fluxo
A procrastinação é um problema de física: é difícil tirar um corpo do estado de repouso. A Regra dos 2 Minutos ajuda a vencer essa inércia inicial.
Ao completar uma tarefa rápida, seu cérebro libera uma pequena dose de dopamina, o neurotransmissor da recompensa e motivação. Essa pequena vitória gera um impulso positivo. Você se sente produtivo e capaz. Frequentemente, depois de realizar uma tarefa de dois minutos, você se sente motivado a encarar a próxima, e depois a próxima. É uma bola de neve positiva que ajuda você a entrar no estado de fluxo para trabalhos maiores.
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A aplicação para novos hábitos
Além de limpar a lista de tarefas, essa regra é excelente para quem quer criar novos
Quer começar a ler? A meta não é ler um livro, é “ler uma página” (menos de dois minutos). Quer começar a correr? A meta é “calçar o tênis e sair de casa”. Ao reduzir a barreira de entrada para algo ridicularmente fácil, você vence a resistência de começar. Uma vez que você começou, é muito mais fácil continuar.
O cuidado necessário: não viva no raso
Apesar de ser uma ferramenta poderosa, a regra exige um alerta. Cuidado para não passar o dia inteiro apenas resolvendo tarefas de dois minutos e esquecer do trabalho profundo.
A sensação de riscar itens da lista é viciante e pode criar uma falsa sensação de produtividade. Use a Regra dos 2 Minutos para limpar o caminho, como um aquecimento ou nos intervalos entre blocos de trabalho focado. O objetivo é tirar o entulho da frente para que você possa dedicar sua melhor energia aos projetos que realmente vão mudar sua carreira.
