Linguagem Corporal no Trabalho: 5 sinais que sabotam sua imagem

Não adianta ter o melhor currículo se a sua postura diz o contrário.

Linguagem Corporal no Trabalho: 5 sinais que sabotam sua imagem

Você já teve a sensação de que, mesmo dizendo a coisa certa em uma reunião, não foi levado a sério? Ou que, apesar de ter um currículo impecável, não passa confiança nas entrevistas? A resposta pode não estar no que você fala, mas em como você se porta. A Linguagem Corporal é a comunicação silenciosa que acontece antes mesmo de abrirmos a boca.

Estudos indicam que a maior parte da nossa comunicação é não verbal. Nosso cérebro é programado para ler sinais de perigo, confiança, liderança ou medo na postura do outro em milésimos de segundo. No ambiente corporativo, onde a imagem é um ativo valioso, ignorar esses sinais pode ser fatal para o crescimento profissional. Abaixo, listo os 5 erros mais comuns que podem estar sabotando sua autoridade sem você perceber.

A postura encolhida: o sinal de insegurança

O primeiro erro é físico e estrutural. Ocupar pouco espaço na cadeira, curvar os ombros para frente e manter a cabeça baixa são sinais clássicos de submissão e falta de energia.

Quando você se “encolhe”, envia uma mensagem biológica de que está com medo ou de que não acredita no que está dizendo. Para transmitir liderança, faça o oposto. Mantenha a coluna ereta, os ombros relaxados para trás e o queixo paralelo ao chão. Ocupar o seu espaço na mesa mostra que você se sente confortável e merecedor daquela posição.

Braços cruzados: a barreira invisível

Linguagem Corporal no Trabalho: 5 sinais que sabotam sua imagem

Cruzar os braços é um gesto de conforto para muita gente, mas para quem observa, é um sinal de bloqueio. Na linguagem corporal, proteger o tronco (onde estão nossos órgãos vitais) é um instinto de defesa.

Em uma negociação ou reunião de feedback, ficar de braços cruzados pode ser interpretado como resistência, discordância ou falta de abertura para novas ideias. Tente manter os braços soltos ou as mãos sobre a mesa. Isso sinaliza que você está “aberto” e receptivo ao diálogo.

Fugir do olhar: falta de confiança ou verdade

O contato visual é a base da conexão humana. Fugir constantemente do olhar do outro, olhando para o chão, para o celular ou para os lados enquanto fala, transmite duas mensagens negativas: ou você está muito inseguro, ou está escondendo a verdade.

Por outro lado, encarar fixamente sem piscar pode parecer agressivo. O segredo é o equilíbrio. Mantenha um contato visual natural, alternando o foco suavemente, mas sempre voltando aos olhos do interlocutor para demonstrar interesse e transparência.

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Mãos inquietas: o vazamento de ansiedade

O que você faz com as mãos enquanto fala? Tamborilar os dedos na mesa, clicar a caneta repetidamente, mexer no cabelo ou ajeitar a roupa o tempo todo são chamados de “gestos pacificadores”. Fazemos isso para aliviar a tensão, mas eles denunciam nosso nervosismo.

Esses movimentos repetitivos distraem quem está ouvindo e tiram o foco da sua mensagem. Se não souber o que fazer com as mãos, gesticule suavemente para enfatizar pontos importantes da fala ou mantenha-as repousadas de forma tranquila. Mãos calmas indicam uma mente calma.

O rosto incompatível: quando a expressão trai a fala

Talvez o erro mais sutil seja a incongruência entre o rosto e a voz. Imagine alguém dando uma notícia positiva com a testa franzida de preocupação, ou ouvindo uma crítica séria com um sorriso nervoso no rosto.

Essa desconexão gera desconfiança imediata. O cérebro de quem escuta percebe que algo está errado. A “presença executiva” exige coerência. Se o assunto é sério, sua expressão deve ser sóbria. Se é motivador, seu rosto deve ter energia. Alinhar sua expressão facial com sua intenção é o toque final para garantir que sua mensagem chegue com a força necessária.

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Profissional de Comunicação. Head de Marketing da Metalvest. Líder da Agência de Notícias da Abrasel. Ex-atleta profissional de skate. Escreve sobre estilo de vida todos os dias na Itatiaia e na CNN Brasil.

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