Ouvindo...

Como a geração Z redefine o consumo de moda e cultura

A Geração Z está transformando profundamente a forma como consumimos moda e cultura

Como a Geração Z redefine o consumo de moda e cultura

Um consumo que começa nas redes

A Geração Z não consome como as gerações anteriores. Nascidos entre 1995 e 2010, esses jovens têm a internet como extensão de si. O Instagram, TikTok e YouTube moldam suas escolhas de moda e cultura, transformando criadores em influenciadores de comportamento. Essa geração valoriza autenticidade e busca marcas com narrativas que refletem seus valores.

O peso do pertencimento

Como a Geração Z redefine o consumo de moda e cultura

Mais do que adquirir produtos, a Geração Z busca pertencer. É por isso que o consumo de moda não é apenas sobre roupas, mas sobre identidade. Segundo relatório da McKinsey, 70% dos jovens preferem marcas que representem diversidade e inclusão. Na cultura, isso se traduz em consumo de produções que exploram pluralidade, como séries e músicas que abordam questões de gênero, raça e sustentabilidade.

O impacto do TikTok e da moda rápida

Plataformas como TikTok aceleram tendências de moda. Em questão de dias, peças vistas em vídeos virais tornam-se febre. No entanto, esse fenômeno traz críticas sobre a moda rápida e seus impactos ambientais. Em resposta, surgem movimentos como o “slow fashion”, que defendem consumo consciente e valorização de pequenas produções. A Geração Z tem sido protagonista nesse debate.

LEIA MASI:

Rainhas do rock: as 10 maiores roqueiras da história do Brasil
Comunidade orgânica: marcas transformam o WhatsApp em ferramenta estratégica

Cultura como experiência

Para a Geração Z, consumir cultura vai além de comprar ingressos para shows ou exposições. É sobre compartilhar experiências nas redes, transformando eventos em narrativas digitais. Isso impulsiona festivais interativos, museus instagramáveis e shows híbridos, que combinam presença física e transmissão online. A cultura é vivida tanto offline quanto no feed.

A força das microtendências

Pesquisas mostram que as microtendências – movimentos pequenos, mas intensos – ganham força entre jovens. São estilos e hábitos que duram pouco, mas geram alto engajamento, como o “clean girl aesthetic” ou o “kidcore”. Essas tendências impactam diretamente o mercado de moda e influenciam o design de produtos.

Marcas que acompanham o ritmo

As empresas que conquistam a Geração Z investem em cocriação. Elas colaboram com criadores e consumidores para desenvolver produtos que dialogam com essas comunidades. Esse modelo quebra hierarquias tradicionais e transforma marcas em plataformas de expressão. A Nike e a Gucci são exemplos de grifes que adotaram essa estratégia, aproximando-se de públicos jovens com campanhas colaborativas.

O papel do consumo consciente

Apesar do apetite por novidades, a Geração Z é a mais preocupada com sustentabilidade. Um estudo da First Insight mostra que 62% desse público prefere comprar de marcas que adotam práticas ambientais responsáveis. Isso inclui moda circular, como brechós e plataformas de revenda, que ganham popularidade entre jovens brasileiros.

Desafios para o mercado

Para dialogar com essa geração, as marcas precisam abandonar estratégias tradicionais. O público rejeita publicidade invasiva e exige autenticidade. Além disso, espera posicionamentos claros sobre temas sociais e políticos. As empresas que tentam “forçar” discursos perdem credibilidade rapidamente.

Leia também

Profissional de Comunicação. Head de Marketing da Metalvest. Editor do Jornal Lagoa News. Líder da Agência de Notícias da Abrasel. Ex-atleta profissional de skate. Escreve sobre estilo de vida todos os dias na Itatiaia.