Foi oficializada na tarde desta terça-feira (19), durante convenção no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a criação da Federação União Progressista, formada pelos partidos União Brasil e Progressistas. Com 109 deputados federais e 15 senadores, a aliança já nasce como a maior bancada do Congresso Nacional.
Pela manhã, dirigentes das legendas também aprovaram, em convenção, o estatuto da federação — documento que definirá as diretrizes de atuação conjunta. O próximo passo será o registro oficial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nos bastidores, a união tem sido apelidada de “Superfederação”, dada sua representatividade: além dos parlamentares em Brasília, reúne 7 governadores e 1.335 prefeitos em todo o país. Há ainda a expectativa de filiação da senadora Margareth Buzetti (MT) ao Progressistas.
Representantes da federação afirmam que a aliança chega para se posicionar como oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, abriu os trabalhos da cerimônia, seguido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que destacou a importância da aliança em meio à polarização política do país.
“Esse momento é uma demonstração da insatisfação com um Brasil dividido. Agora é hora de usar a política para resolver problemas, não criar outros”, afirmou Alcolumbre.A vice-governadora do Distrito Federal também falou à imprensa, defendendo que a federação representa “novos projetos para o Brasil” e marca o fortalecimento de um caminho político voltado ao campo de centro-direita.
Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez um discurso mais contundente, ressaltando que a federação deve assumir posições firmes no cenário político.
“Partido tem que ter lado. Hibridismo dá certo na agricultura, mas, para superar a crise no Brasil, é preciso lançar candidatos, ter posição clara e unir forças para derrotar o governo Lula”, afirmou.