O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), anunciou nesta segunda-feira (11) que vai protocolar uma representação na Procuradoria-Geral da República contra parlamentares bolsonaristas envolvidos no bloqueio das atividades do Congresso Nacional na semana passada. Para o petista, a ação representa uma continuidade dos atos golpistas de 8 de janeiro.
“Foi o 8 de janeiro dos engravatados. Paralisar as atividades legislativas é dar sequência à tentativa de golpe”, afirmou Farias a jornalistas.
O deputado também criticou a condução da Mesa Diretora da Câmara no tratamento do caso. Até agora, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou à Corregedoria apenas os nomes indicados por partidos, um processo que pode atrasar a definição de eventuais punições.
“Não dá para um episódio tão grave ficar sem resposta. Encaminhar 14 nomes à Corregedoria nos dá a sensação de que pode acabar em pizza”, disse Farias, acrescentando que pedirá uma nova reunião da Mesa para discutir sanções mais rápidas.
Líderes da oposição afirmam que houve um acordo para incluir projetos de seu interesse na pauta de votações desta semana, que será definida nesta terça-feira (12) no colégio de líderes. Lindbergh descartou a possibilidade.
“Eles não podem ser premiados com a pauta da semana, nem com anistia, nem com mudanças nas regras do foro privilegiado. A prioridade agora é votar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Depois do que aconteceu, a Câmara deve uma satisfação ao país”, concluiu.
