A Polícia Federal concluiu a perícia médica realizada no general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e encaminhou o laudo ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O documento está sob sigilo. A perícia foi determinada por Moraes após a defesa de Heleno apresentar informações consideradas contraditórias sobre o estado de saúde do general em relação ao diagnóstico de Alzheimer.
O objetivo da avaliação da PF é esclarecer quando a doença teria sido diagnosticada e qual o grau de comprometimento cognitivo do general.
Os advogados de Heleno sustentam que o general é portador de Alzheimer desde janeiro de 2025 e, por essa razão, pedem a conversão da pena em prisão domiciliar. Atualmente, ele cumpre pena no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
No despacho que determinou a perícia, Moraes estabeleceu a realização de uma avaliação clínica completa, incluindo análise do histórico médico, exames laboratoriais, além de avaliações neurológicas e neuropsicológicas.
O ministro também autorizou a realização de exames de imagem para verificar o estado da memória e de outras funções cognitivas, bem como eventuais limitações funcionais decorrentes das patologias identificadas.
Heleno foi condenado a 21 anos de prisão por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. Com o trânsito em julgado da condenação, em 25 de novembro, ele foi encaminhado ao Comando Militar do Planalto, onde permanece detido.
Após a prisão, a defesa apresentou pedido de prisão domiciliar alegando agravamento do estado de saúde e a existência de comorbidades graves, além de acompanhamento psiquiátrico desde 2018.
Posteriormente, após questionamentos de Moraes, os advogados retificaram as informações e afirmaram que o diagnóstico de Alzheimer teria ocorrido apenas em 2025.