Um laudo produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) apontou que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro foi danificada com uma “fonte de calor”.
“Aspecto físico e as análises realizadas na área danificada sugerem que na tornozeleira eletrônica foi empregada uma fonte de calor concentrado com ferro em sua composição. Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificados”, diz trecho do laudo. A informação é da CNN Brasil.
A defesa do ex-mandatário alegou que Bolsonaro, ao violar o aparelho, “apresentou quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina”. Os médicos do ex-presidente confirmaram a análise.
O documento também aponta que os “danos no material questionado apresentam características de execução grosseira, o que sugere que a ferramenta foi utilizada sem precisão técnica”.
O caso
No dia da prisão de Bolsonaro, em 22 de novembro, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou um vídeo em que aponta que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente “possuía sinais claros e importantes de avaria. Havia marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local do encaixe/fechamento do case”.
Um relatório da análise da situação mostra que Bolsonaro foi questionado sobre que instrumento havia utilizado. O ex-presidente disse que tinha usado um ferro de solda na tentativa de violar o equipamento.
A inspeção técnica identificou sinais claros de avaria por queimadura ao redor de toda a circunferência da tornozeleira, especialmente na área de fechamento do case.