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Flávio Bolsonaro rebate Haddad e ironiza dificuldades do governo Lula com os EUA

Em resposta a entrevista do ministro concedida à Itatiaia, senador afirmou que governo Lula é marcado “por uma política de elevação tributária que onera o cidadão brasileiro diariamente”

Senador Flávio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu às declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que acusou a família Bolsonaro de agir contra os interesses do país ao manter relações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e atuar em favor do tarifaço de 50% imposto pelo governo norte-americano aos produtos exportados pelo Brasil.

Em entrevista à Itatiaia na quinta-feira (24), Haddad afirmou que a relação da família Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump representa uma “traição”. Segundo o ministro, Trump teria condicionado a suspensão de tarifas comerciais à interrupção do julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suposta tentativa de golpe de estado.

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“Acho que nem da Inconfidência Mineira... Há quanto tempo não se vê um traidor agindo em detrimento dos interesses nacionais? Há muito tempo”, disse Haddad. Para ele, a situação “não é uma luta contra o presidente Lula. Isso é uma luta contra o Brasil. E não tem nada de patriótico. É covardia”.

A resposta de Flávio veio em tom de ironia. “É notável como um parlamentar, cuja relevância tem sido objeto de questionamento, é agora invocado como pretexto para as dificuldades enfrentadas pela administração de Haddad e Lula, gestão esta caracterizada por uma política de elevação tributária que onera o cidadão brasileiro diariamente”, afirmou o senador.

Flávio também criticou a política externa da gestão petista: “A admissão pública, por parte do governo Lula, de dificuldades em estabelecer comunicação com a Casa Branca é um ponto que suscita reflexão. Tal cenário levanta questões sobre a condução da política externa do governo, que, embora demonstre capacidade de interlocução com o mandatário iraniano, aparentemente encontra obstáculos para dialogar com o líder da maior democracia global.”

Ele ainda ironizou: “Caso o Ministro Haddad considere pertinente, um contato com o deputado Eduardo Bolsonaro poderia ser intermediado para auxiliar na resolução de impasses.”, citando o irmão que está nos EUA e tem se colocado como um dos interlocutores responsáveis pela imposição do tarifaço e as sanções contra autoridades brasileiras.

Por fim , o senador defendeu que a solução para a irritação do governo com os EUA com o Brasil esteja no perdão de seu pai, Jair Bolsonaro, através de uma anistia. “Sugere-se, portanto, a aprovação de uma anistia, o pleno restabelecimento da liberdade de expressão e de imprensa, e a realização de eleições com a participação de Jair Bolsonaro nas urnas. Considerando a aparente ausência de recepção do presidente Lula por parte do ex-presidente Trump, uma via alternativa e, aparentemente, mais acessível seria o diálogo com o Ministro Alexandre de Moraes, com quem se observa um acesso facilitado, o que poderia acelerar significativamente a superação da atual conjuntura brasileira, talvez antes de 1º de agosto.”, declarou.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.