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Eduardo Bolsonaro diz que não irá renunciar ao mandato de deputado na Câmara Federal

Nas redes sociais, o deputado licenciado afirmou acreditar que conseguirá “levar” o mandato por, pelo menos, mais três meses, mesmo estando nos EUA

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano.

Nos Estados Unidos, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou, durante uma live nas redes sociais, que não irá renunciar ao cargo na Câmara. A licença do mandato do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 120 dias, termina neste domingo (20).

Ele alega que conseguirá “levar o mandato” por mais três meses. “Não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar meu mandato, pelo menos, pelos próximos três meses”, disse.

Licença nos Estados Unidos

Em março deste ano, Eduardo tirou 120 dias de licença e teve outros dois dias de ausência na Câmara justificados como “tratamento de saúde”.

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O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, anunciou que iria pedir licença uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar Bolsonaro réu por participação na suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

O deputado não é alvo do processo, mas, ao anunciar a licença, fez críticas à Corte e ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.

Eduardo pode perder o mandato?

Caso não renuncie ao mandato até segunda-feira (21), Eduardo volta a receber automaticamente o salário de deputado, sem necessidade de formalização. No entanto, se não comparecer, as faltas também serão contabilizadas.

O Congresso está em recesso, e as atividades parlamentares só retornam no dia 4 de agosto.

Inquérito no STF

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou em despacho que Eduardo teria intensificado condutas ilícitas nos últimos dias por meio de “diversas postagens e ataques” ao Supremo nas redes sociais.

Ele determinou que duas publicações recentes sejam anexadas aos autos do processo que investiga a suposta participação de Eduardo nas articulações com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.

A abertura do inquérito foi determinada após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF. Para os procuradores, Eduardo teria atuado nos Estados Unidos para prejudicar autoridades brasileiras.

O inquérito foi aberto para apurar se Eduardo cometeu os seguintes crimes, conforme apontado pela PGR:

  • Coação no curso do processo;
  • Obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.