O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta quinta-feira (19) a prisão do coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Câmara passou por audiência de custória após ter sido
De acordo com a decisão do ministor, informações fornecidas pela própria defesa revelam que o militar tentou, por meio de seus advogados, acessar trechos sigilosos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos principais colaboradores nas investigações do 8 de Janeiro.
Moraes classificou a conduta como gravíssima e apontou uma possível tentativa de obstrução das investigações. O ministro também determinou a abertura de um novo inquérito para apurar a atuação do advogado Luiz Eduardo Kuntz, que representa Câmara, por supostamente extrapolar os limites legais da advocacia ao tentar obter informações sigilosas.
O ex-assessor de Bolsonaro, que também é réu pela suposta tentativa de golpe de estado, já havia sido preso preventivamente em fevereiro de 2023, no âmbito da investigação sobre o caso. Ele estava em liberdade provisória desde maio do mesmo ano, mediante cumprimento de medidas cautelares.
Entre as restrições impostas pelo STF estavam o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de utilizar redes sociais e de manter contato com outros investigados. Segundo Moraes, essas medidas foram descumpridas, o que justifica a nova ordem de prisão preventiva.
Marcelo Câmara está sob custódia da Polícia Federal. Ele é réu no STF pelas investigações que envolvem a articulação de um plano para reverter o resultado das eleições de 2022.