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Collor vai cumprir pena domiciliar em cobertura avaliada em R$ 9 milhões

Collor deixou a prisão na noite de quinta-feira (1) após uma semana; ele estava detido no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió - unidade abriga mais de 1.300 detentos

Fernando Collor foi senador por Alagoas, seu último cargo público

Ao deixar a prisão para cumprir pena domiciliar, o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello cumprirá pena em uma cobertura à beira-mar avaliada em R$ 9 milhões pela Justiça do Trabalho. A decisão também obriga o político a utilizar uma tornozeleira eletrônica.

Collor deixou a prisão na noite de quinta-feira (1) após uma semana. Ele estava detido no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL) - unidade que tem capacidade para 892 presos, mas abriga atualmente mais de 1.300 detentos.

A autorização foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em seu estado de saúde. Ele foi diagnosticado com doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. A medida contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Embora tenha sido condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, Collor cumprirá a pena em um apartamento de cobertura de 600 m² localizado na orla da praia de Ponta Verde, em Maceió. O imóvel chegou a ser penhorado judicialmente em 2023 por uma dívida trabalhista de R$ 264 mil, ocasião em que foi avaliado em R$ 9 milhões.

Collor havia sido preso no último dia 24 de abril por ordem de Moraes — decisão depois confirmada pelo plenário do STF. O pedido de prisão domiciliar foi aceito após a rejeição de recursos considerados protelatórios.

Entre as condições para o benefício, Collor está proibido de receber visitas não autorizadas, terá que usar tornozeleira eletrônica e teve seu passaporte suspenso.

Condenado

Fernando Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a denúncia, ele recebeu cerca de R$ 20 milhões em propina para favorecer contratos da BR Distribuidora, empresa ligada à Petrobras, durante seu mandato como senador.

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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio