Ao deixar a prisão para cumprir pena domiciliar, o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello cumprirá pena em uma cobertura à beira-mar avaliada em R$ 9 milhões pela Justiça do Trabalho. A decisão também obriga o político a utilizar uma tornozeleira eletrônica.
Collor deixou a prisão na noite de quinta-feira (1) após uma semana. Ele estava detido no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL) - unidade que tem capacidade para 892 presos, mas abriga atualmente mais de 1.300 detentos.
A autorização foi
Embora tenha sido condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, Collor cumprirá a pena em um apartamento de cobertura de 600 m² localizado na orla da praia de Ponta Verde, em Maceió. O imóvel chegou a ser penhorado judicialmente em 2023 por uma dívida trabalhista de R$ 264 mil, ocasião em que foi avaliado em R$ 9 milhões.
Collor havia sido preso no último dia 24 de abril por ordem de Moraes — decisão depois confirmada pelo plenário do STF. O pedido de prisão domiciliar foi aceito após a rejeição de recursos considerados protelatórios.
Entre as condições para o benefício, Collor está proibido de receber visitas não autorizadas, terá que usar tornozeleira eletrônica e teve seu passaporte suspenso.
Condenado
Fernando Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Segundo a denúncia, ele recebeu cerca de R$ 20 milhões em propina para favorecer contratos da BR Distribuidora, empresa ligada à Petrobras, durante seu mandato como senador.