O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) passou mal durante a reunião do Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira (11), o que levou o presidente do colegiado a encerrar a sessão.
No momento em que o parlamentar teve o mal-estar, o conselho conduzia as oitivas dos processos disciplinares que investigam a ocupação da mesa do plenário da Câmara.
Pollon foi atendido pela equipe médica da Casa e, após avaliação, os profissionais concluíram que ele não tinha condições de permanecer na sessão. O deputado deixou o local para receber atendimento.
Antes de ser retirado, ele relatou dificuldade de fala e de organização das ideias. “Normalmente eu não sou assim; na verdade, eu falo até bem rápido, e eu não estou me sentindo bem”, afirmou.
Com a saída do parlamentar, os trabalhos foram interrompidos e devem ser retomados nesta sexta-feira (12), às 9h.
Pollon havia pedido uma pausa para aguardar a chegada de um novo advogado de defesa, após o anterior renunciar ao caso. “Fui surpreendido pela renúncia”, disse.
O colegiado analisa a conduta dos parlamentares envolvidos na manifestação que bloqueou os trabalhos do plenário por mais de 30 horas, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por recomendação da Corregedoria da Câmara e decisão da Mesa Diretora, foram enviadas ao Conselho de Ética representações contra Marcos Pollon, Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC).
Os processos pedem a suspensão temporária dos mandatos pela ocupação do plenário no início de agosto.