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A Fhemig afirma que a transferência dos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é necessária para que as obras sejam concluídas no hospital. A deputada, por sua vez, defende que o processo aconteceu “de forma repentina” e “sem aviso prévio até para os servidores da saúde”, com “consequente fechamento da referida UTI”. Ainda, ela argumenta que, com a transferência de pacientes pediátricos, há elevada na demanda atendida pelo Hospital João XXIII, que, de acordo com ela, “já atua próximo do limite de sua capacidade”.
“Importante lembrar que o Hospital João XXIII é a principal unidade de urgência e emergência do Estado e, portanto, representa o suporte essencial a demandas imprevisíveis e que ocorrem repentinamente, logo, submeter o seu funcionamento ao limite de sua capacidade é colocar sobre risco e incerteza o atendimento à saúde de grande volume de pessoas que necessitem do socorro imediato”, diz nota à imprensa.
Além das representações encaminhadas ao MPMG e ao TCE-MG, a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) atendeu a um requerimento da parlamentar e vai realizar uma visita técnica ao Hospital Infantil João Paulo II na próxima sexta-feira (29), às 10h.
Transferência de pacientes
Os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Infantil João Paulo II começaram a ser transferidos temporariamente para a UTI pediátrica do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) no fim da manhã desta sexta-feira.
De acordo com a fundação, a medida é necessária para a instalação do Tasy, sistema eletrônico de gestão hospitalar que vai modernizar o controle de dados e fluxos assistenciais da Rede Fhemig. “A transferência está prevista para durar cerca de 60 dias, período em que serão realizadas as adequações estruturais”, disse.
Ainda segundo a fundação, a UTI do João XXIII tem capacidade para receber os pacientes sem prejuízo ao atendimento. Atualmente, o complexo dispõe de oito leitos pediátricos vagos, o que garantiria a continuidade dos cuidados.
A Fhemig informou ainda que os servidores foram avisados previamente em reuniões e que a Central de Leitos foi comunicada sobre o procedimento. “Os servidores foram amplamente informados sobre a transferência temporária em reuniões, comprovadas por atas”, disse a nota. O pronto atendimento do Hospital Infantil João Paulo II segue funcionando normalmente.