“A deputada Carla Zambelli é vítima de perseguição política”. A afirmação é do advogado Fábio Pagnozzi, que defende a parlamentar licenciada. Ele critica a condução do processo sobre porte ilegal de arma de fogo, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, e sustenta que a análise foi acelerada de forma incomum. Segundo Pagnozzi, o caso deveria tramitar na Justiça comum, já que o episódio não ocorreu no exercício do mandato.
“Esse processo estava parado e foi retomado em tempo recorde. Entendemos que há um objetivo político de reforçar a extradição de Carla Zambelli, ao somar essa possível condenação à outra já em andamento. O Supremo sequer poderia julgar esse caso, porque a deputada não estava em função parlamentar. Além disso, a arma era registrada e com porte legal”, disse o advogado.Apesar da defesa, o STF já formou maioria de 7 votos a 2 para condenar Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma. O julgamento virtual termina nesta sexta-feira (22), restando apenas os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.
O processo se refere ao episódio ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli
A maioria dos ministros seguiu o relator Gilmar Mendes pela condenação. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Edson Fachin acompanharam o voto. Houve divergência apenas de Nunes Marques, que defendeu absolvição no crime de porte de arma e entendeu que o constrangimento se enquadra em outra tipificação já prescrita, e de André Mendonça, que reduziu a pena para oito meses em regime aberto.
Essa é a
Com cidadania italiana, Zambelli partiu para a Itália em maio. O governo brasileiro formalizou o pedido de extradição em junho, mas ainda aguarda resposta oficial. O novo julgamento no STF pode reforçar o processo que busca trazer a parlamentar de volta ao país.