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Bertha Maakaroun | Presidente do PSD diz ainda ser cedo antecipar ida de Simões para o partido

Cássio Soares considerou muito pouco provável que em 17 de setembro ocorra qualquer formalização das conversas entre o PSD e Mateus Simões que estão ocorrendo desde dezembro de 2024

Vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo)

O presidente estadual do PSD, Cássio Soares, afirmou a esta coluna, nesta terça-feira (26), que ainda é cedo para antecipar uma eventual migração do vice-governador Mateus Simões do Novo para o PSD. Cássio Soares considerou muito pouco provável que em 17 de setembro ocorra qualquer formalização das conversas entre o PSD e Mateus Simões que estão ocorrendo desde dezembro de 2024.

Nessa data, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, estará em Belo Horizonte para um encontro com os prefeitos e prefeitas do partido e a bancada estadual e federal do PSD de Minas. Haverá filiações de prefeitos e de pré-candidatos a deputado estadual e a deputado federal. O momento é de construção das chapas proporcionais. “Ainda há muitas conversas para acontecer, não adianta antecipar esse processo”, declarou Cássio Soares.

Também em entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira, o governador Romeu Zema (Novo) admitiu a possibilidade de Mateus Simões se filiar ao PSD, mas reconheceu que dependerá muito da posição do senador Rodrigo Pacheco (PSD), que é pré-candidato ao governo de Minas. Embora não admita publicamente, Mateus Simões trabalha por sua filiação ao PSD, um partido com mais estrutura do que o Novo.

Há, contudo, muitas definições no plano nacional que vão impactar o cenário político em Minas. A eventual candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à presidência da República é a principal delas. Caso Tarcísio de Freitas decida disputar o Palácio do Planalto, o PSD de Minas tenderá a Mateus Simões. Gilberto Kassab é secretário de Governo e de Relações Institucionais de Tarcísio de Freitas.

Se ele concorrer ao Palácio do Planalto, o PSD apoiará o governador de São Paulo e não lançará Ratinho Júnior, governador do Paraná. Por seu turno, Tarcísio aguarda a evolução do desempenho do presidente Lula, para avaliar se disputará a reeleição ou a Presidência da República. Até lá, a ciranda da política está empacada.

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Jornalista, doutora em Ciência Política e pesquisadora