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‘Adultização': saiba detalhes sobre as regras aprovadas na Câmara para proteger crianças

O assunto da “adultização” ganhou destaque nacional após denúncias feitas pelo youtuber Felca sobre conteúdos que expõem a sexualização de menores

A urgência da matéria havia sido aprovada pelos deputados na terça-feira (19)

Foi aprovado na Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (20), o projeto sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. A proposta cria regras para garantir direitos e proteção de menores de idade na internet, estabelecendo diretrizes e obrigações para as plataformas digitais.

A urgência da matéria havia sido aprovada pelos deputados na terça-feira (19). Agora modificado, o texto volta para a análise do Senado Federal, onde foi aprovado no fim do ano passado.

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O assunto da “adultização” ganhou destaque nacional após denúncias feitas pelo youtuber e influenciador Felca sobre conteúdos publicados nas redes sociais que expõem a sexualização de menores de idade.

São previstas na proposta punições para empresas em caso de descumprimentos das novas regras. Estão inclusas: advertência, com prazo de 30 dias para medidas coercitivas; multa simples de até 10% do faturamento do grupo econômico no Brasil ou multa de R$ 10 até R$ 1.000 por usuário cadastrado no provedor, com limitada de R$ 50 milhões por infração; suspensão temporária das atividades; e proibição de exercício das atividades.

Com informações de CNN Brasil

Adultização

Segundo Karen Horta, doutora em neuropsicologia e psicóloga, apesar de parecer um tema novo, o conceito é antigo. “Estudos mostram que, na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto”, explica.

Essa visão mudou com a ciência moderna e, principalmente, com a neurociência, que comprova que a infância é uma fase única de desenvolvimento e precisa ser respeitada para que a criança chegue à vida adulta com equilíbrio.

Para a especialista, a adultização está ligada às atitudes dos pais do que às das próprias crianças. “Uma criança não tem noção do que está fazendo. Ela vai se desenvolver de acordo com o ambiente que lhe é oferecido. A criança é um ser ainda em formação”, afirma.

Muitos pais expõem os filhos com boas intenções — para mostrar uma foto bonita ou uma atitude fofa a familiares e amigos — sem perceber os riscos. “Agora estão descobrindo que isso pode colocar a criança em perigo”, alerta.

A denúncia de Felca

O vídeo de Felca tem 50 minutos e, nele, o youtuber faz um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças. Também relata como o algoritmo funciona para divulgar esse tipo de conteúdo.

A denúncia viralizou e reacendeu o debate público sobre a exposição de crianças e os direitos delas na internet. Só no Instagram, o vídeo tem mais de 100 milhões de visualizações.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Apresentadora e produtora da Rádio Itatiaia. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Especialista em Mídias Digitais pela PUC Minas e em Produção de Rádio e TV pela Fumec. Já escreveu para as editorias de Política e Cidade nos jornais O Tempo e Super Notícia, e tem passagem pela FM O Tempo.
Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), é editor-multimídia na Itatiaia. Trabalhou durante 10 anos no jornal Estado de Minas, onde foi estagiário, repórter, capista, subeditor e editor-assistente do em.com.br e do portal UAI. Também colaborou com matérias para o portal UOL e foi assessor de imprensa no Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).