O secretário de Cultura de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, solicitou uma ‘saída consensuada’ da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para retirar equipamentos culturais da lista de imóveis que o governador Romeu Zema (Novo) pretende oferecer à União como forma de abatimento da dívida do estado no
O pedido foi feito nesta quinta-feira (5), durante o Assembleia Fiscaliza — evento em que secretários e representantes do governo prestam contas e são questionados sobre as ações do Executivo estadual.
A deputada estadual Lohanna França (PV) questionou Leônidas sobre a inclusão de diversos imóveis culturais na lista enviada pelo governo estadual à União e perguntou se ele tinha conhecimento ou havia autorizado essa medida. Entre os imóveis citados pela parlamentar estão:
- Palácio das Artes
- Automóvel Clube
- Memorial dos Direitos Humanos
- Palacete Dantas
- Fazenda Boa Esperança (em Belo Vale)
- Hotel do Ipsemg (em Araxá)
- Complexo do Barreiro
- Centro de Cultura Presidente Itamar Franco
- Minascentro
- Parque das Águas de Caxambu
- Palace Cassino e Hotel
- Thermas Antônio Carlos (em Poços de Caldas)
- Escola Estadual Milton Campos
“O que está escrito no ofício da Seplag é que estes imóveis serão vendidos. Para além disso, eles querem que a ALMG autorize a venda de outros imóveis para pagamento da dívida. Ou seja, eles querem que a Assembleia autorize a federalização ou venda destes e, para além disso, que permita outros. Não sei o que vai sobrar para a gente se isso fosse autorizado”, explicou a deputada.
Em sua resposta, Leônidas Oliveira afirmou que não tinha conhecimento de todos os imóveis que estariam na lista.
“Não sabia do Palácio das Artes porque foi uma lista prévia, vim a saber depois que foram colocados os equipamentos da cultura. Então reitero que não tinha conhecimento do Palácio das Artes, Palacete Dantas e a Fazenda Boa Esperança, não tinha esse conhecimento. No entanto, já estamos trabalhando nisso, para reverter. Acho que todos estes bens e imóveis e bens são simbólicos para Minas Gerais, desde a Cemig até todos os outros”, disse.
“Acho que pode ser muito importante a participação da Comissão de Cultura para, juntos, construirmos uma saída consensuada para que estes imóveis não passem. Faço também um pedido a vocês para que a gente trabalhe neste sentido”, finalizou.
Leônidas também destacou que a perda de instituições como a Cemig e a Codemge, que realizam ações de fomento à cultura, somada à possível cessão de outros bens culturais, pode comprometer o setor no estado.