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Em publicação nas redes sociais, Gleisi — responsável pela articulação política do governo no Congresso — afirmou que a CPMI, “no ambiente de exploração política em que está sendo proposta”, pode prejudicar o trabalho das autoridades. “A investigação deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, disse.
A ministra também alertou que a duração da comissão, estimada em seis meses, pode atrasar medidas já em curso para a devolução de valores cobrados indevidamente. “Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas”, reforçou.
As declarações foram feitas após uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula e outros ministros para tratar da crise no INSS, que envolve suspeitas de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, atribuídos a entidades associativas.
Nos bastidores, o governo teme o desgaste político causado pela repercussão do escândalo e tem insistido que o esquema teve início ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), em 2019. A Polícia Federal estima que as fraudes podem ter causado um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões ao longo de cinco anos.