O governador Romeu Zema (Novo) lamentou, por meio das redes sociais,
“Com pesar, nos despedimos do Papa Francisco. Líder que enxergou nos mineiros a alma da liberdade e da paz. Sua humildade e coragem inspiraram o mundo”, escreveu.
Ele ainda acrescentou: “Minas Gerais agradece e presta sua homenagem a esse grande homem que fez da fé um caminho de esperança e amor”.
Em 2023, ele se encontrou com o Papa Francisco no Vaticano. O pontífice foi presenteado com itens tipicamente mineiros, como um café especial da região de Campos Altos. Na ocasião, Francisco ressaltou a luta dos mineiros pela paz.
História
Jorge Mário Bergoglio assumiu a liderança da Igreja Católica no mundo em 13 de março de 2013. Francisco nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1936. Foi o primeiro pontífice não europeu em 1.200 anos, escolhido para comandar a igreja com a renúncia do Papa Bento 16.
Aos 76 anos, o cardeal jesuíta argentino, eleito Papa, escolheu o nome Francisco, remetendo a um trabalho de humildade e proximidade aos mais necessitados. Desde a época de arcebispo, optou por morar num apartamento e preparar o jantar sozinho.
Como Papa decidiu morar na Casa Santa Marta, com instalações simples e modernas, onde se hospedou com outros cardeais durante o Conclave.
Saúde
A saúde do Papa começou a dar sinais de fragilidade em 2021, quando ele foi submetido a uma cirurgia para tratar uma inflamação na parede interna do intestino.
No início de 2022, o papa apresentou dores no joelho direito, devido a um ligamento inflamado. As dores o obrigaram a cancelar compromissos do papado, incluindo uma viagem a países africanos em junho. Nessa mesma época, o pontífice passou a usar cadeira de rodas com mais frequência.
Em 2023, veio a segunda internação, quando ficou hospitalizado por dois meses por causa de uma bronquite infecciosa.
No mesmo ano o pontífice foi operado em caráter de emergência, devido ao risco de obstrução intestinal. Foi a terceira internação desde que assumiu o papado em 10 anos.
Francisco começou o ano de 2024 enfrentando um novo quadro de bronquite. Em setembro, o papa fez sua viagem mais longa, passando por diversos países do Sudeste Asiático, e precisou utilizar a cadeira de rodas na maior parte do tempo.
Pouco tempo depois, em abril, as dores obrigaram o líder do Vaticano a cancelar compromissos do papado. Uma viagem a países africanos em junho também foi desmarcada pelo mesmo motivo, na época Francisco passou a utilizar cadeira de rodas com mais frequência devido a dores nos joelhos e nas costas.
Francisco ainda surgiu com um machucado no queixo em decorrência de um acidente doméstico. Perto do Natal, ele também passou a fazer as orações de domingo de casa por causa de um resfriado.
As complicações de saúde continuaram neste ano. Em janeiro, o papa machucou o antebraço direito após cair em casa. Ele não sofreu nenhuma fratura, mas precisou usar uma tipoia por alguns dias.
Em fevereiro, com dificuldades para respirar, ele afirmou que estava com um “forte resfriado” e pediu para que um assessor lesse sua mensagem durante a audiência geral semanal. Logo depois, o Vaticano informou que o pontífice estava com um quadro de “bronquite”, mas manteve a agenda do religioso.
No entanto, no dia 14 de fevereiro, o papa foi internado para continuar o tratamento contra a bronquite. Francisco ficou estável nos primeiros dias de hospitalização, mas teve o quadro agravado no dia 17 de fevereiro. Em 23 de março, teve alta.
*com informações de Aline Neves e Kátia Pereira