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PGR defende que mulher que pichou estátua no 8/1 vá para prisão domiciliar

Ré por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes, Débora está presa desde março de 2023

Débora Santos Rodrigues pichou “Perdeu, mané” em uma estátua em frente à Corte

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta sexta-feira (28) que Débora Rodrigues dos Santos, que pichou a estátua que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos de 8 de janeiro de 2023, vá para a prisão domiciliar. A decisão cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal.

Em manifestação enviada ao magistrado, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi contrário ao pedido da defesa para que a cabeleireira fosse colocada em liberdade provisória, mas concordou com a conversão da prisão preventiva em domiciliar até o fim do julgamento.

Segundo Gonet, a mudança respeitaria os “princípios da proteção à maternidade e à infância e do melhor interesse do menor”, já que ela tem dois filhos menores de idade, de 6 e 11 anos.

Ré por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes, Débora está presa desde março de 2023 e começou a ser julgada pela Primeira Turma do STF na última sexta-feira (21). Moraes votou pela condenação da mulher e propôs uma pena de 14 anos de prisão à cabeleireira, sendo acompanhado por Flávio Dino.

Entretanto, o ministro Luiz Fux pediu vista, mais tempo para analisar o caso, e suspendeu o julgamento. Ele também sinalizou que vai propor uma pena menor à Débora.

O caso vem sendo explorado pela oposição como uma tentativa de mostrar “abuso” do Supremo nas condenações de envolvidos no 8 de janeiro.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.