O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu os manifestantes que foram condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 em seu discurso no protesto convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16), em Copacabana. O evento reúne apoiadores em uma manifestação contra as decisões judiciais envolvendo os participantes dos atos em Brasília.
Nikolas iniciou sua fala relembrando perdas pessoais e destacando o impacto das condenações na vida dos manifestantes e suas famílias. “Já participei de muitas manifestações. Hoje não temos o que comemorar, mas muito pelo que lutar”, afirmou.
O deputado direcionou críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao STF, questionando as decisões que levaram à prisão de diversos manifestantes. “O STF, principalmente na figura de Alexandre de Moraes, que não teve um voto de cidadão brasileiro, tem decidido a vida das pessoas. Hoje, há pessoas presas injustamente que estão perdendo momentos preciosos”, declarou.
Nikolas também cobrou uma posição do Congresso Nacional sobre o tema, mencionando o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta, que, segundo ele, se mostrou solidário ao caso de uma mãe de seis filhos cujo marido foi condenado. “Tem um homem nesta capital com uma condenação de 300 anos que está influenciando pessoas na sacada do seu prédio. A Débora, que depredou uma estátua com um batom, possivelmente vai pegar 17 anos de cadeia”, comparou.
O parlamentar ainda fez críticas ao Ministério Público Federal, mencionando o ex-presidente Jair Bolsonaro. “O MPF, em vez de combater o crime organizado, está preocupado porque Bolsonaro disse que toda mulher petista é feia. Agora é obrigado a achar petista bonita? Vai ver se estou lá na esquina”, ironizou.
Ao final do discurso, Nikolas Ferreira pediu união e resistência entre os manifestantes. “Quero pedir a cada um de vocês que se sensibilize. Quando a gente para de lutar, já perdeu essa guerra. Isso não começou agora. Choramos, oramos, fomos em 25 de fevereiro à Paulista pedindo liberdade, sendo a voz dos que não têm voz. Podem ter certeza de que a luz do dia antecede a escuridão. O Brasil vai raiar novamente, a liberdade vai cantar. Até porque este país não é dos ministros do STF, não é da esquerda. É dos brasileiros, de vocês, de verde e amarelo, que amam nossa nação. Não desistam, não parem, lutem, porque o Brasil é nosso!”, concluiu.
O protesto reúne apoiadores que defendem a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O tema segue em debate no Congresso Nacional.
