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Demitida por Lula, Nísia justifica decisão do presidente e critica ‘fritura’ na imprensa

Ministra da Saúde deixa o cargo a partir de março, quando será substituída por Alexandre Padilha, que já ocupou o ministério entre 2011 e 2014

Ministra da saúde deixa o cargo no dia 6 de março

Um dia após ser demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (26) que considera “inconcebível” a “fritura” que antecedeu sua demissão do cargo. A ministra justificou a decisão do presidente, mas criticou a forma como o tema foi tratado pela imprensa, que antecipou sua saída.

“Ele (Lula) disse que achava importante uma mudança de perfil na Saúde. O presidente entende que as dimensões técnica e política são importantes. Disse a ele que ele é técnico de um time. Faz parte da vivência de qualquer governo a substituição de ministros”, declarou Nísia na entrada do Ministério da Saúde.

O perfil buscado por Lula é de um nome que ajude a divulgar melhor as ações do ministério - uma grande vitrine do governo em busca da reeleição em 2026.

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A ministra também manifestou incômodo com a forma como sua saída foi conduzida, destacando que a decisão foi amplamente especulada antes de ser comunicada oficialmente.

“A fritura na imprensa é inconcebível, não deveria acontecer. (A imprensa) deveria apurar os fatos e não antecipar decisão do presidente”, reclamou..

A notícia da possível demissão de Nísia Trindade já era especulada desde o ano passado, quando começou a ser discutida a reforma ministerial. Nas últimas semanas, o assunto ganhou ainda mais repercussão quando Alexandre Padilha começou a ser cotado para assumir o cargo.

Segundo o Palácio do Planalto, a posse de Padilha no Ministério da Saúde está marcada para 6 de março. Até lá, Padilha e terão uma série de reuniões para discutir a transição no cargo.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio