Um bate-boca entre deputados da oposição e governistas por causa da
A confusão precisou da intervenção do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que deu uma bronca nos colegas.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), tentou discursar na tribuna do plenário sobre a acusação formal contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, mas foi interrompido por gritos de deputados da oposição.
Os parlamentares bradavam “mensaleiro” e outras palavras de ordem contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto os governistas rebatiam com “uh, vai ser preso”, em menção a uma possível prisão do ex-presidente.
Presidindo a sessão, a 3ª secretária da Mesa Diretora, Delegada Katarina (PSD-SE), pediu ordem aos colegas, mas foi ignorada, e decidiu suspender a votação.
A reunião ficou interrompida por cerca de 8 minutos, até a chegada de Motta, que estava atendendo deputados no gabinete da presidência.
Neste momento, ao lado do presidente na mesa diretora, deputadas da bancada feminina começaram a gritar por “respeito”, já que consideraram que a autoridade de Delegada Katarina, a única mulher com cargo na Mesa Diretora, foi desrespeitada. Elas foram rebatidas por mais gritos da oposição.
Hugo Motta então interviu e alertou que não aceitaria desordem no plenário.
“Senhores parlamentares, entendo o ambiente turbulento político que o país enfrenta diante dos últimos acontecimentos, mas eu quero dizer às vossas excelências, se vossas excelências estão confundindo esse presidente com uma pessoa paciente, com uma pessoa serena, com um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem”, disse.
“Ou esse plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro, ou nós não merecemos estar aqui. Aqui não é o jardim da infância, nem muito menos um lugar para a espetacularização que denigre a imagem desta casa. Eu não aceitarei esse tipo de comportamento”, completou o presidente.
Motta também anunciou que não permitiria mais a entrada de parlamentares sem o traje adequado no plenário, além de cartazes e outros objetos para manifestações. O presidente disse ainda que ele mesmo acionará o Conselho de Ética contra os deputados que desrespeitarem outros colegas em plenário.