O ministro dos Transportes, Renan Filho, criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por não ter participado da assinatura de contrato da BR 381, feita no Palácio do Planalto, em Brasília, no último dia 22. O evento teve participação do presidente Lula (PT) e de ministros.
“Tenho uma boa relação com Zema, fomos governadores juntos. Eu fiz apenas uma reflexão [na época em que houve o evento da assinatura da BR-381]. O governador que cobrava a duplicação da BR-381 ao governo federal deveria estar presente no evento. Isso é educado. Teria sido educado estar presente. Fiz a cobrança porque é importante que o governador esteja lá", falou o ministro.
Entenda o embate
Na ocasião, Lula disse, em discurso, que o mineiro deveria lhe dar um “prêmio” por resolver a dívida dos Estados. "[Zema] deveria vir aqui me dar um prêmio. Me trazer um troféu do primeiro presidente da República que ele tem conhecimento que nunca vetou absolutamente nada de nenhum governador ou prefeito por ser de oposição”, afirmou o presidente, à época.
Além disso, o petista disse “só Jesus teria feito” o que ele fez pela dívida de Minas Gerais.
No mesmo evento, o governador de MG também foi criticado pelo ministro Renan Filho, que lamentou a ausência de Zema na assinatura da concessão da rodovia que corta Minas Gerais.
Ele afirmou que nenhum outro governo deu “tanta atenção” ao estado quanto o governo Lula. “Vi o governador cobrando investimento, no governo passado e agora, mas não o vejo aqui neste momento. Parece que a cobrança é mais política e menos pela obra. Isso apequena o gestor público”, disse o ministro.
Zema rebateu
Em resposta, o governador de MG disse que o foco dele é “trabalhar” e não “perder tempo com eventos burocráticos”. Sobre a fala do presidente Lula, disse que Jesus, se fosse chefe do Executivo, iria perdoar “todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos”.