A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, negou nesta sexta-feira (31) que haja um rombo nas estatais brasileiras. A fala ocorre após o Banco Central divulgar um déficit de R$ 8 bilhões no setor em 2024.
Segundo a ministra, o resultado reflete investimentos realizados com recursos que já estavam em caixa.
“A maioria das empresas listadas pela instituição vai apresentar lucro em seus balanços, que serão divulgados em março”, afirmou Dweck em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, ao lado do presidente dos Correios, Fabiano Santos. Nesta sexta-feiras, ambos se reuniram com o presidente Lula para discutir os rumos da empresa e as metas para 2025.
Ainda segundo a ministra, os investimentos das estatais cresceram 44% em relação ao ano passado. No caso dos Correios, que tiveram um déficit de R$ 3,178 bilhões no período, Dweck explicou que a empresa está passando por uma reestruturação para expandir sua atuação no mercado de logística e entregas internacionais.
“O resultado de déficit ou superávit é uma contabilidade puramente fiscal”, afirmou.
Os balanços finais das empresas públicas devem ser publicados entre março e abril, apontando se, de fato, houve lucro ou prejuízo. “O resultado de hoje é uma comparação entre despesas e receitas. Em março e abril vamos ter os números”, disse Dweck.
Resultados
As estatais fecharam 2024 com o maior deficit da série histórica, iniciada em 2002. O saldo negativo foi de R$ 8,07 bilhões em valores nominais, segundo dados do Banco Central. Em relação ao ano passado, o saldo negativo subiu 255,8%.
Em nota, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos defendeu que os dados do Banco Central não são a melhor forma de observar a sustentabilidade financeira da estatal, e disse que os investimentos das empresas estatais federais cresceram 44,1% em 2024 em relação a 2023 - totalizando R$ 96,18 bilhões.
