Os funcionários da embaixada brasileira em Damasco, capital da Síria, estão começando a deixar o país por ordem do governo brasileiro. A decisão partiu do Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (09), após os desdobramentos da queda do regime ditatorial de Bashar al-Assad.
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Segundo fontes do Itamaraty, a decisão de proteger o corpo diplomático do Brasil levou em conta a falta de garantias sobre a segurança no país. Além da insurreição dos rebeldes jihadistas, a Síria também é palco de ataques do exército de Israel.
Em meio à escalada da tensão na Síria, prédios públicos e embaixadas de outros países tem sido alvo de ataques dos jihadistas, o que ajudou a embasar a decisão.
Os três funcionários da diplomacia e o embaixador André Luiz Azevedo dos Santos deixam o país na manhã desta segunda-feira. Eles estão no Líbano, país vizinho a Síria, onde vão permanecer até que a situação se ‘normalize’. Ainda segundo fontes da diplomacia brasileira, nenhum pedido de abrigo ou de socorro por parte dos brasileiros foi registrado pela embaixada.
No domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha com “preocupação” a escalada de hostilidades na Síria e recomendou que os brasileiros deixem o país por meios próprios “até o retorno à normalidade”.
Na nota, o Itamaraty afirma ainda que apoia os esforços para uma “solução política e negociada” do conflito, com respeito à soberania e à integridade territorial da Síria.
Segundo o comunicado, a situação no país segue sendo monitorada pela embaixada em Damasco e não há registros de brasileiros entre as vítimas das hostilidades. Atualmente, cerca de 3.500 brasileiros vivem na Síria.