A Polícia Militar e a Polícia Civil cumpriram nesta terça-feira (26) mandado de prisão no bairro Buritis, região oeste, contra um casal acusado de cometer
A consultora, advogada eleitoral e candidata à Câmara de Vereadores neste ano, Juliana Gallindo (PL), de 40 anos, e o marido da suspeita, Gustavo Henrique Moura, de 41, foram detidos por conta de uma denúncia de 2017, quando Juliana era presidente estadual do PMN (Partido da Mobilização Nacional). Segundo boletim de ocorrência, em 15 de maio daquele ano, o casal teria proferido xingamentos a dois funcionários do partido, no bairro Santa Efigênia, região leste. As vítimas, que são negras, afirmaram que Gustavo costumava dizer “que devem ir para o tronco”, em alusão ao período de escravidão, e tinham o hábito de fazer piadas racistas. Além disso, a segunda vítima afirmou que foi acusada de tentar gravar as possíveis ofensas, e neste momento, Juliana teria tomado o celular da vítima e se trancado no banheiro do local onde estavam, apagando arquivos sem autorização.
Ainda segundo a polícia, as vítimas afirmam que a então presidente do partido ameaçava os funcionários de demissão, caso procurassem seus direitos, e teria tentado obrigá-los a apoiar candidatos indicados por ela.
A Polícia Civil, em nota, confirmou a prisão do casal, mas não repassou detalhes.
Gallindo foi candidata à vereadora nas eleições deste ano
Juliana Gallindo teve 520 votos nas eleições deste ano, concorrendo o cargo de vereadora pelo PL. Ela teve apoio de nomes importantes do partido, aparecendo em propagandas eleitorais ao lado do ex-presidente
Em seu perfil nas redes sociais, ela se descreve como mãe, esposa e cristã. Nos seus materiais de campanha, ela afirmava defender o combate à violência contra crianças e adolescentes.
Ela também foi candidata a deputada estadual em 2022, e em material de campanha para TV, Gallindo defendeu uma sociedade mais democrática e inclusiva.
A reportagem procurou Juliana Galindo através de seu escritório, mas não teve retorno.