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PF: Bolsonaro atuou e teve domínio das ações de grupo que planejou golpe de Estado

Conteúdo de relatório foi divulgado nesta terça-feira (26) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o ex-presidente Jair Bolsonaro planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado Democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade.

Essa é a conclusão da Polícia Federal sobre a participação do ex-presidente no plano que objetivava sua permanência no poder. A informação consta no relatório da PF que perdeu sigilo nesta terça-feira (26), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O arcabouço probatório colhido indica que o grupo investigado, liderado por Jair Bolsonaro, à época presidente da República, criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do País desde o ano de 2019, com o objetivo de sedimentar na população a falsa realidade de fraude eleitoral para posteriormente a narrativa atingir dois objetivos: primeiro, não ser interpretada como um possível ato casuístico em caso de derrota eleitoral e, segundo e mais relevante, ser utilizada como fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022", diz o relatório.

Mais cedo, Moraes enviou o inquérito à Procuradoria-Geral da República, que vai analisar se apresenta denúncia contra os indiciados. Além de Bolsonaro, mais 36 pessoas são citadas no inquérito.

Contudo, a PGR só deve apresentar uma denúncia formal em 2025. Depois, o STF tem de decidir de acolhe ou não o pedido. Em caso positivo, os indiciados viram réus e passam a responder a processo judicial, em que podem ser absolvidos ou condenados a cumprir pena.


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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.