O governo brasileiro divulgou nota nesta terça-feira (1º) em que diz que acompanha, com grave preocupação, a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano.
Segundo o Itamaraty, as operações violam o direito internacional, a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU) e as resoluções do Conselho de Segurança da instituição.
"[O governo brasileiro] recorda a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul, bem como conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito”, diz o texto.
Na nota, o governo brasileiro também defende o respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano e pede que Israel interrompa “imediatamente” as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis no país.
Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da guerra em Gaza no ano passado. Mas nas últimas semanas, o país comandado pelo primeiro-ministro Benjamim Netanyahu tem intensificado sua campanha militar contra o aliado do Hamas e anunciou na segunda (30) que vai fazer incursões terrestres seletivas no Sul do Líbano.
Mais cedo nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo federal irá se empenhar para repatriar os brasileiros que estão na zona de conflito.
A Força Aérea Brasileira (FAB) enviará uma aeronave, nesta quarta-feira (2), para resgatar 220 brasileiros que estão no Líbano.