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Integrantes do Supremo e procuradores querem saída de Moraes de relatoria sobre vazamentos de mensagens

Ala do STF e da PGR avaliam que Alexandre Moraes não deveria ser o responsável pela relatoria de inquérito, uma vez que ele é peça central no caso

O ministro Alexandre de Moraes, do STF

Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendem que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria do inquérito que apura o vazamento de mensagens trocadas entre servidores da corte e do Tribunal Superior Eleitoral.

Um ministro do STF relatou à CNN ver duas situações: que Moraes saia da relatoria ou conduza a apuração com maior discrição. Essa fonte avalia porém essa hipótese como improvável pelo próprio estilo de Moraes.

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O motivo apontado como justificativa é que Moraes é vítima do vazamento e não seria correto ele conduzir investigação nessa condição. Além disso, no limite, ele poderia ser também um potencial denunciado caso se verifiquem irregularidades nas revelações feitas pelo jornal Folha de S.Paulo.

Nesta semana, a defesa de Eduardo Tagliaferro, que chefiou a assessoria de Combate à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmou que ele negou à Polícia Federal (PF) que tenha divulgado uma troca de mensagens entre integrantes do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há incômodo em parte da corte com a exposição que o caso colocou o STF. Um ministro citou à CNN o episódio em que a condução dos inquéritos de Moraes virou alvo de críticas no Congresso dos Estados Unidos.

Na Procuradoria-Geral da Republica, procuradores também relataram à CNN que Moraes deveria deixar a relatoria e repetir o que fez na investigação que apurou ofensas a ele e sua família no aeroporto de Roma.

A posição de uma ala do STF e de integrantes da PGR porém não é unânime. Uma fonte da corte relatou à CNN não ver problemas em Moraes conduzir a investigação. Segundo essa fonte, nesta fase não há diferença entre quem conduz o inquérito e que o debate principal se dará a partir do oferecimento de eventual denúncia.

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