A defesa de Eduardo Tagliaferro, que chefiou a assessoria de Combate à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), confirmou que ele negou à Polícia Federal (PF) que tenha
Tagliaferro deixou o cargo no TSE depois de ter sido preso por violência doméstica, em maio de 2023. Dias depois, seu cunhado entregou à Polícia Civil de São Paulo o aparelho telefônico dele. A suspeita é que as mensagens possam ter vazado neste momento.
“Quando [ele] foi testar o telefone que foi apreendido, verificar se tava funcionando normalmente ou não, viu que não tava funcionando. Tinham algumas travas, a bateria não carregava de forma como era no primeiro momento, o que fez com que ele quebrasse, destruiu o telefone e se desfizesse do telefone que ficou apreendido por seis dias”, explicou o advogado Eduardo Kutz, segundo a CNN.
Ainda de acordo com a defesa, durante o depoimento, Tagliaferro foi indagado se poderia disponibilizar o telefone atual. Ele teria sido orientado a não entregar, uma vez que se tratava de uma intimação para prestar esclarecimentos.
“Eu falei que não faria sentido apresentar espontaneamente isso, mas se você tivesse uma ordem judicial, obviamente seria disponibilizado ao delegado prontamente”, completou Kutz.
No entanto, no fim da oitiva, os agentes da Polícia Federal teriam apresentado uma decisão do ministro Alexandre de Moraes determinando a busca pessoal e a apreensão do aparelho, que aí sim foi entregue.
“Respeito muito ministro Alexandre, não quero aqui nenhum tipo de embate, mas na expressão que vocês da imprensa estão usando… ele está pagando o dobro aí sustentando a condução de inquérito em que ele é vítima”, disse o advogado.