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Líderes mundiais demonstram preocupação com resultado da eleição na Venezuela

Vitória de Nicolás Maduro foi reconhecida por países como China, Rússia e Cuba, mas contestado por EUA, União Europeia, Chile e Argentina; Brasil ainda não se posicionou

Nicolás Maduro apresenta Lei Orgânica para a Defesa da “Guiana Esequiba” na Assembleia Nacional em Caracas, em 3 de abril de 2024.

Líderes mundiais reagiram ao resultado das eleições na Venezuela que consagraram a reeleição de Nicolás Maduro, conforme anunciado na madrugada desta segunda-feira (29) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo chavismo. Enquanto países como EUA, Chile e Argentina demonstram preocupação com a transparência das eleições, aliados de Maduro, como China e Rússia, já reconheceram o resultado.

Até a manhã desta segunda-feira, o Brasil ainda não havia se posicionado oficialmente. A última manifestação sobre o pleito foi do assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, que disse esperar que o resultado fosse respeitado “por todos os candidatos”.

Nos EUA, país que impõe sanções econômicas à Venezuela e que é crítica do regime de Maduro, o resultado não foi reconhecido pelo governo. Em um pronunciamento, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, demonstrou preocupação com a transparência do resultado.

Na América Latina, quem também demonstrou preocupação com a veracidade do resultado divulgado foi o presidente do Chile, Gabriel Boric, que criticou Maduro.

Na Argentina, o presidente Javier Milei foi mais enfático, e apontou uma vitória de Edmundo González Urrutia, candidato da oposição.

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Após a declaração de vitória de Nicolás Maduro, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, apelou à “total transparência do processo eleitoral” na Venezuela.

Oficialmente, o CNE proclamou a vitória de Maduro com 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia. A oposição reivindica a vitória nas eleições presidenciais, alegando ter ao menos 70% dos votos, conforme apontado pela líder da oposição, Maria Corina Machado - que foi impedida de concorrer pelo regime de Maduro.

Apesar das contestações, o resultado foi imediatamente reconhecido por países aliados de Maduro, como China, Rússia, Nicarágua e Cuba.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio