A definição unânime com o apoio manifesto dos nove membros do colegiado — entre eles quatro indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — endossou o alinhamento das diretorias do banco em resposta às críticas sofridas sobre uma suposta divisão entre os aliados do Planalto e os indicados por Jair Bolsonaro (PL).
Na próxima terça-feira (30), o comitê se reunirá novamente e apresentará uma nova avaliação sobre o cenário da política monetária brasileira, indicando se retomará os cortes na Selic ou se manterá no patamar atual. O resultado sairá apenas no dia seguinte, na quarta (31), e ata detalhada da reunião irá ao ar em 6 de agosto.
No encontro do último 19 de junho, o comitê avaliou que os cenários brasileiro e estrangeiro exigiam cautela na condução da política monetária àquela ocasião. “O comitê optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico demandam maior cautela”, informou o Copom à ocasião, destacando a elevação das projeções de inflação como um dos fatores para a decisão.
Até o encerramento do ano, e o fim do mandato do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Comitê de Política Monetária enfrentará outras três reuniões.