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Tarcísio Motta diz que nunca presenciou atrito entre Chiquinho Brazão e Marielle

O deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ), que era colega de Câmara dos Vereadores do Rio da ex-vereadora Marielle Franco (Psol), é ouvido nesta terça-feira (9) pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados realiza a oitiva de testemunhas no processo que pode levar à cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)

O deputado federal Tarcísio Motta (Psol-RJ) afirmou nesta terça-feira (9) que nunca presenciou nenhum tipo de animosidade ou ameaça partindo do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) contra a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol).

Motta é ouvido pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, no âmbito do processo, protocolado pelo Psol, que pede a cassação de Chiquinho Brazão por quebra de decoro parlamentar.

“Animosidade direta, imediata, contrária em Plenário, não. Mas você imagina que essas pessoas, ou esse vereador e hoje deputado (Chiquinho Brazão), que pelo relatório da PF está representado como um dos mandantes do assassinato, iria mesmo brigar com a pessoa que ele planejava ou imaginava que algum dia teria que assassinar e optou por assassinar Marielle Franco? Me parece que não”, afirmou Tarcísio Motta, em oitiva no Conselho de Ética.

Tarcísio Motta, que era vereador na Câmara Municipal do Rio, no mesmo período em que Marielle e Chiquinho Brazão exerciam mandatos de vereadores, disse que também não havia atrito com o vereador Carlos Bolsonaro (PL). “Até com Carlos Bolsonaro a relação era cordial, antes do pai dele se tornar presidente da República”, completou.

Chiquinho Brazão está preso, desde março deste ano, em um presídio federal de segurança máxima, acusado de ser um dos mandantes dos assassinatos da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista parlamentar Anderson Gomes.

O advogado Cleber Lopes chegou a sugerir a suspensão do processo até que o Poder Judiciário concluísse o julgamento do caso, mas a solicitação foi negada pela relatora do processo no Conselho de Ética, deputada Jack Rocha (PT-ES).

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Nove pessoas foram convidadas para participar da oitiva, incluindo o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que rejeitou o convite.

O irmão de Chiquinho, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão está preso, acusado de ser um dos mandantes do crime. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa também está preso acusado de participação no crime, atrapalhando as investigações.


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Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.